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domingo, 28 de abril de 2013

1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» Costa de Caparica – Almada só durou 11 minutos

Árbitro deu o jogo por terminado após ter sido agredido

Foto: M. Lima e Silva
  O jogo entre os Pescadores e o Almada, o mais importante da 25.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, que estava a ser aguardado com grande expectativa pelas implicações que poderia causar na tabela classificativa, durou apenas 11 minutos.

Tudo estava a decorrer normalmente, com lealdade e sem problemas, e até estava a ser bem disputado pelas duas equipas que procuravam impor o seu jogo em busca do melhor resultado possível quando, no calor da luta, na disputa de uma bola, Gazza comete falta perto da sua grande área. O árbitro [David Salvador] marca a falta, o jogador do Almada levanta-se em direcção ao Gazza ficam os dois frente-a-frente, aproximam as cabeças, o jogador dos Pescadores, ao que consta, mete a mão no peito do jogador do Almada que vai para o chão. Resultado, o árbitro mostra o cartão vermelho a Gazza que fica a pedir explicações por não concordar com a decisão. O seu irmão, André Sousa, que estava no banco, levantou-se, entrou no campo com a intenção de ir acalmar os ânimos e trazê-lo consigo. Só que ao passar pelo árbitro assistente diz-lhe qualquer coisa, este chama o árbitro principal que lhe mostra também o cartão vermelho. Sentindo-se injustiçado porque nada havia feito para merecer castigo tão severo, André Sousa, numa atitude irreflectida dá uma palmada ao árbitro que deu o jogo por concluído por considerar que não havia condições para prosseguir. Tanto quando conseguimos apurar as duas equipas queriam continuar o jogo mas o árbitro não concordou, dando a partida porconcluída.

O Conselho de Disciplina irá agora analisar detalhadamente as ocorrências para decidir em conformidade as penas a aplicar ao clube da Costa de Caparica e aos jogadores envolvidos no problema.

Treinador coloca lugar à disposição 

Pedro Abranja
Agastado com a situação, no final do jogo o treinador dos Pescadores, Pedro Abranja, colocou o seu lugar à disposição. “Não são estes os valores que defendo, nem me revejo em situações como esta. O que aconteceu não devia ter acontecido e não podemos, nem devemos, branquear a situação. Foi um acto irreflectido do jogador que está arrependido e já pediu desculpa pelo que aconteceu. Agora, há que acatar as decisões. Pela minha parte, só tenho que pedir desculpa às pessoas que se deslocaram para assistir ao jogo e não tiveram oportunidade de fazê-lo e ao mesmo tempo realçar a posição dos almadenses que tudo fizeram para repor a verdade dos factos em relação à arrogância e inexperiência do árbitro que está a cometer um erro grave ao dizer que foi o Gazza que o agrediu quando na verdade foi o André Sousa, conforme foi assumido pelo próprio. Quanto ao meu lugar, não sou homem de abandonar o navio antes da viagem chegar ao fim, mas entendi que o devia fazer, face ao acontecido. Agora, cabe à direcção decidir”.