Invocando o direito de resposta
Presidente da Assembleia Geral contesta declarações do ex-presidente da direcção
Com este esclarecimento, exerço aqui o meu direito de resposta com a verdade dos factos, agradecendo a atenção dispensada por todos os leitores nesta novela que por certo não se chama “O MUNDO AO CONTRÁRIO” mas sim “O ILUSIONISTA”.
Invocando o direito de resposta [arts. 24 e ss. da Lei n.º 2/99 da Lei de Imprensa], recebemos de Vanda Maria Lopes Rey, através do seu advogado, a comunicação que a seguir se publica na íntegra.
Em causa estão as declarações prestadas pelo então presidente da direcção, José Pedro Pereira, no artigo publicado pelo nosso jornal no dia 22/8/2013 relativo à situação criada pela demissão da direcção do Grupo Desportivo Portugal.
Vanda Maria Lopes Rey, no artigo é referida como incompetente; negligente no exercício das funções de Presidente da Mesa da AG; que a negligência em causa é de foro criminal; que anda a ver a telenovela «mundo ao contrário»; que boicota o trabalho da Direcção; que prejudica os jovens do Vale da Amoreira. Neste sentido, por considerar que foram feitas referências que inequivocamente afectam a sua reputação e boa fama. entendeu por bem esclarecer a situação.
Eis então a comunicação de Vanda Maria Lopes Rey, presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Portugal:
Caros Associados do GDR Portugal,
Cumpre-me, em benefício da verdade, o dever de exercer o meu direito de resposta e de repor os factos na origem da atribulada situação diretiva sobre o Grupo Desportivo Portugal.
Não são de agora os problemas em que o sr. ex-presidente da direção, sr. José Pedro Pereira, está envolvido como dirigente do Desportivo de Portugal.
Quanto a este último episódio, quero esclarecer que a direção que ele presidia pediu a demissão por escrito a 23 de Junho, e sobre isso fui contatada por um membro da direção a confirmar que a direção estava em demissão e que me iriam ser entregues as chaves.
Dia 5 de Agosto fui contactada pelo senhor sr. José Pedro Pereira, ao telefone para acertarmos o dia e a hora em que ele iria entregar-me as chaves. No momento dessa chamada, eu não pude concluir a conversa com ele – estava a meio duma consulta médica – e pedi-lhe que mais tarde voltássemos a falar para acertar o tal dia e a hora para esse efeito.
No entanto, depois disso o sr. Pedro, então presidente, não voltou a contactar-me, nem ao sr. secretário, que ele ignorava e desprezava, vendo-o todos os dias na sede do Desportivo.
Pouco depois vim a descobrir que o então sr. presidente mandou que fosse contactada a presidente da mesa da Assembleia Geral para os assuntos correntes da Colectividade.
Fê-lo com as equipas de futebol do concelho, com fornecedores, e prestadores de serviços. Revelando, sem que tal fosse sequer adequado e sem a minha permissão, o meu nome e o meu contacto pessoal – que originou vários embaraços a nível pessoal e familiar.
A 10 de Agosto, foi a Dª Isaura, funcionária do Bar quem telefonou ao secretário da mesa da Assembleia Geral, dizendo-lhe que tinha falta de mercadorias para o Bar, e que tinha recebido ordens do então presidente para lhe entregar as chaves do Desportivo e 50€ em dinheiro.
Assim, por intermédio da Dª Isaura, foi combinada a entrega das chaves e da documentação do Desportivo para o dia 11 de Agosto, nas instalações da Junta de Freguesia do Vale da Amoreira.
A essa reunião compareceram: a Dª Isaura, com a chave na mão e os 50€; o sr. secretário da mesa; um executivo da Junta da Freguesia do Vale de Amoreira; alguns associados; e eu.
Entre a demissão comunicada a 23 de Junho de 2013 e a entrega das chaves, em 11 de Agosto de 2013, passaram quase dois meses e não me foi entregue qualquer documento sobre a gestão, a contabilidade, ou assuntos em curso do Desportivo, nem qualquer relatório relativo ao exercício em curso da direcção cessante.
É falsa e desprovida de qualquer conteúdo de verdade a afirmação do Sr. Pedro Pereira que passo a citar: “fecharam o clube e entregaram a chave ao Presidente da Junta de Freguesia“.
Assim, esclareço de forma a que estejamos todos com conhecimento da verdade: perante a Junta de Freguesia do Vale da Amoreira ocorreu a entrega da posse da direção, nos termos que aqui expus, e é apenas este o envolvimento da Junta nesta situação.
Agradeço ao então senhor presidente da Junta de Freguesia do Vale da Amoreira pela sua ajuda e interesse em ajudar o nosso clube e os nossos atletas.
Passando à situação da marcação da Assembleia Geral, foi marcada uma Assembleia Geral para Março de 2013, conforme solicitado pela direção, e de acordo com os estatutos, para a apresentação, discussão e aprovação do relatório e contas.
Posteriormente à convocatória, o sr. presidente da direção solicitou a inclusão na ordem de trabalhos da substituição/demissão do sr. tesoureiro por incompatibilidades. A este pedido deferi que fosse então esclarecida na Assembleia Geral a justificação para deliberar a demissão do tesoureiro e eleger um novo, tendo aditado á ordem de trabalhos: “Situação do Tesoureiro”.
Porém, esta Assembleia Geral foi interrompida por desacatos, nomeadamente, agressões entre um associado e um membro da direção, não sobre o assunto referente ao sr. tesoureiro, mas por causa de dúvidas e esclarecimentos, sobre o relatório e contas.
Como tal, a Assembleia não terminou os seus trabalhos, e o sr. Tesoureiro manteve-se na plenitude das suas funções.
Contudo, o então sr. presidente da direção manteve-se firme na decisão de que o sr. tesoureiro estava suspenso, e, como por artes mágicas, sem qualquer respeito pelo voto democrático dos associados conforme exigem os Estatutos para a eleição do tesoureiro, passou o sr. presidente a desempenhar, por sua auto-deliberação as funções de tesoureiro.
No âmbito do levantamento interno/auditoria interna que actualmente decorre verificou-se que foram levantados cheques na Caixa Geral de Depósitos com a assinatura de alguns diretores, sem a assinatura OBRIGATÓRIA do sr. tesoureiro.
No que diz respeito à compra da viatura de 9 lugares o então sr. presidente da direção tinha informação que nunca transmitiu com rigor e transparência aos outros órgãos e, desde logo, nos relatórios devidos aos associados, ou sequer, quando interpelado pela mesa da assembleia geral.
Sempre que era questionado, respondia sempre de forma muito superficial, sem rigor e manifestamente a esconder, para proveito que desconhecemos, informação sobre o assunto.
Ora num momento a viatura custaria 35.000,00€, posteriormente, porque teve de recorrer ao tesoureiro então suspenso – pois precisou da sua assinatura para assinar o dito cheque, (o cheque que está na origem da demissão) – a viatura já só custava perto de 32.000,00€ e os restantes 3.000,00€ seriam para outros pagamentos.
Imprecisões que começaram a ganhar importância quando tomei conhecimento que o então sr. presidente já tinha feito mais de uma tentativa junto do balcão da Caixa Geral de Depósitos da Baixa da Banheira, para levantar o valor de 28.455,29€ sem a devida assinatura do tesoureiro que para todos os efeitos estava em funções, pois estava apenas suspenso por deliberação interna da própria direcção, e assim estava em plenas funções
perante terceiros, conforme o próprio José Pedro Pereira diz a dado passo na sua entrevista que passo a citar: «Passei então um cheque no valor de 28.455,29€ euros, dado pelo Ministério da Solidariedade, mas o mesmo cheque veio para trás por não ter a assinatura do tesoureiro, que na altura não foi substituído porque a assembleia não terminou».
PERGUNTO?
Então, um senhor vaidoso de estar no movimento associativo há 30 anos e que brada a todos os sete ventos nas reuniões onde participa elogiando-se de ter realizado os mais altos feitos no nosso concelho: NÃO SABE QUE OS CHEQUES DO DESPORTIVO, SEJAM ELES DE QUE VALOR FOREM, TÊM OBRIGATORIAMENTE DE SER ASSINADOS PELO TESOUREIRO.
NÃO PODE DIZER QUE DESCONHECIA! FEZ SABENDO PERFEITAMENTE QUE ESTAVA DELIBERADAMENTE A COMETER UMA FRAUDE.
Munido da sua fértil imaginação e criativa sabedoria e – como eu não cedi à sua prepotência e manipulação exercida por ele e por outros a seu mando – marcou supostas reuniões de sócios com o intuito de elaborar uma acta de nomeação de um novo tesoureiro, com o fito direto de contornar o órgão competente de discussão e deliberação do Desportivo, a sua Assembleia Geral.
De facto, fez essas supostas atas da Assembleia Geral e chegou mesmo a apresentá-las à Caixa Geral de Depósitos. As quais, obviamente foram rejeitadas por constituírem um documento no mínimo inválido para aquele efeito.
SERÁ QUE O DITO SENHOR TAMBEM NÃO SABIA QUE ESTAVA A COMETER DELIBERADAMENTE MAIS UMA FRAUDE.
Perante este manifesto desespero do então sr. presidente para levantar o dinheiro que estava no banco, contornando os órgãos competentes do Desportivo, sem esclarecer com rigor e transparência a mesa da assembleia geral, ou os associados em geral: i) dos contornos do uso dos 32.000,00€ para a compra da viatura; ii) o valor real da viatura; e iii) o valor total dos apoios,
Dirigi-me à Caixa Geral de Depósitos para confirmar as investidas do então sr. presidente em usar junto do banco atas de AG’s que não se realizaram, atas essas elaboradas à total revelia da mesa da assembleia geral; e lá sou ainda informada que estava a decorrer por parte do departamento jurídico da Caixa Geral de Depósitos uma análise contra o Desportivo por TENTATIVA DE LEVANTAMENTO IRREGULAR PRATICADO PELO SR. PRESIDENTE. É claro, que cada um pode pensar o que quiser, mas que dá que pensar lá isso dá (processo este iniciado em 2007, já lá vão 5 anos e ora terminado em 2013).
Perante estas, no mínimo, falhas grosseiras, e sob o clima intimidatório que me foi criado pelo então senhor presidente, solicitei apoio jurídico para aconselhamento nos procedimentos a desenvolver.
Com este esclarecimento, exerço aqui o meu direito de resposta com a verdade dos factos, agradecendo a atenção dispensada por todos os leitores nesta novela que por certo não se chama “O MUNDO AO CONTRÁRIO” mas sim “O ILUSIONISTA”.
A minha palavra de consideração a todos os associados, atletas e simpatizantes
que se propuseram ajudar o Grupo Desportivo e Recreativo de Portugal.
Vale da Amoreira, 5 de Outubro de 2013,
a presidente da mesa da Assembleia Geral, Vanda Rey,
e o senhor secretário, Avelino Fragoso.