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domingo, 22 de dezembro de 2013

TAÇA AF SETÚBAL»» ALCOCHETENSE 1 DESP. FABRIL 0 (após prolongamento)

Fabril queixa-se da arbitragem

GOLO SÓ SURGIU NO PROLONGAMENTO

Em partida a contar para os quartos-de-final da Taça da AF Setúbal, Alcochetense e Fabril mostraram porque são, por esta altura, duas das mais sérias candidatas a conquistar o Distrital.

Em 120 minutos jogados com muita emoção, onde o golo poderia surgir em qualquer baliza, este só aconteceu quando iam decorridos 106 minutos do encontro, altura em que pairava no ar o seguimento para a marcação das grandes penalidades.

Deixando quase meia equipa habitual no banco o técnico dos fabris apostou numa estratégia de contra-ataque através de dois dos seus jogadores mais esclarecidos Joel e Banana. Por seu turno, o Alcochetense com Zé Pedro e Ricardo Dâmaso a pautarem o futebol verde e branco colocavam a defesa do Fabril em alerta. Aos dois minutos, Alexandre Serafim obriga o guardião Gonçalo a excelente defesa, esta uma das opções de Manuel Correia para este encontro em detrimento do habitual titular (Bonifácio).

Era a equipa da casa a tomar conta das operações, perante um Fabril que tentava chegar com algum perigo à baliza de Marco. Doze minutos decorridos e Ricardo Dâmaso vê um livre por si cobrado, embater na base do poste da equipa do Lavradio com o seu guarda-redes fora do lance. Na resposta, é Adérito que num centro remate quase traiu Marco, com o esférico a encontrar o travessão da baliza alcochetana, naquela que foi a melhor ocasião para o Fabril no primeiro tempo.

O intervalo chegou com o marcador em branco, prevendo-se que os técnicos operassem alterações para o início do segundo tempo. E assim aconteceu, através de duas alterações para ambos os conjuntos.

Foi mais feliz Manuel Correia que viu a sua equipa mais solta e chegar com maior perigo à baliza contrária. A formação da casa, fruto da saída de Zé Pedro, ia perdendo o domínio do meio campo. O futebol desenvolvido pelo Alcochetense no primeiro tempo não tinha continuidade no segundo período onde o Fabril surgiu mais dominador obrigando a defesa de Alcochete a redobrada atenção para não ser surpreendida, como ia acontecendo aos 79 minutos quando Miguel Pimenta obriga Marco à defesa da tarde. Com o aproximar do final do encontro, começou a pairar no ar a ida para o prolongamento, como viria a acontecer.

Assistiu-se então a meia hora de jogo onde o golo poderia surgir em qualquer das balizas. O Alcochetense acabou por ser mais feliz porque à passagem do minuto 106 Ricardo Dâmaso através de uma excelente assistência para Martinho permite que este fizesse o único golo do encontro e colocar o Alcochetense nas meias-finais da Taça.

 Ficou o Fabril fora desta prova, mas mostrou que é um sério candidato a ganhar a prova máxima da Associação. O Alcohetense outra das equipas que pode ombrear com os fabris na conquista do campeonato, vai seguir nesta prova, porque na partida de hoje foi mais feliz na finalização.

O trio de arbitragem do núcleo do Barreiro teve trabalho complicado com alguns lances de difícil ajuizamento que mereceu algumas queixas do técnico do Fabril (duas grandes penalidades e um golo não sancionado).



JOAQUIM SERAFIM (Quim), treinador do Alcochetense:

“Fomos felizes ao conseguirmos concretizar uma das poucas ocasiões de golo”

Foi um excelente jogo entre duas boas equipas numa competição diferente do campeonato, uma partida entre duas equipas adultas, bem organizadas, que se posicionam bem em campo e não cometem erros primários. Talvez por jogarmos em casa pendia para nós algum favoritismo mas também sabíamos que o Fabril iria causar-nos alguns problemas. No fundo, fomos felizes ao conseguirmos concretizar uma das poucas ocasiões de golo e nesta competição é sabido que a primeira equipa que chegue ao golo dificilmente permite a reviravolta. Até agora nunca comentei as arbitragens portanto não será hoje que o vou fazer”.




MANUEL CORREIA, treinador do Desportivo Fabril:

“Foi o árbitro que não quis que a melhor equipa ganhasse”

Não tenho dúvidas que nesta partida a minha equipa foi a melhor. A excepção foram os primeiros dez minutos onde o Alcochetense teve algum ascendente e atirou uma bola ao poste. A partir daí e até ao fim do encontro, contando com o prolongamento, só existiu uma equipa em campo que foi o Fabril. Depois, teve outra coisa, foi o árbitro que não quis que a melhor equipa neste encontro ganhasse o jogo porque não assinalou duas grandes penalidades a nosso favor e não viu uma bola que entrou na baliza do Alcochetense”.

PAIS CORREIA



FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: João Jacob (Núcleo do Barreiro), Miguel Jacob e Ivan Roque

ALCOCHETENSE: Marco Nunes; Óscar Mendes, Piqueira, Pedro Baptista, Alexandre Serafim (Tiago Carvalho, 81’); Ricardinho (Martinho, 45’), Ricardo Dâmaso, Djão, (Tiago Feiteira, 88’), Zé Pedro (Queijinho, 45’), Cunha e Amaro Filipe (Gil Costa, 90’).
Suplentes não utilizados: Miguel Braz e Peter Caraballo
TREINADOR: Joaquim Serafim (Quim)

DESP. FABRIL: Gonçalo; Adérito, Pablo (Luís Conceição, 45’), César, Fábio (Serginho, 53’); Espanta, Banana (Miguel Pimenta, 45’), Santana; Catarino (Casaca, 111’), Joel e Nascimento (Letras, 81’).
Suplentes não utilizados: Bonifácio e Tiago Correia
TREINADOR: Manuel Correia

Ao intervalo: 0-0
Final dos 90 minutos: 0-0
Marcador: 1-0, Martinho (106’)
Disciplina: cartão amarelo para Banana (11’), Ricardinho (22’), Joel (37’), Ricardo Dâmaso (71’), Letras (107’), César (109’), Piqueira (111’), Gil Costa (119’).

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