“Queremos inverter a história e trazer de lá um resultado positivo”
O Cova da Piedade desloca-se no próximo domingo a Moura para defrontar a equipa local em jogo a contar para a 4.ª jornada da fase de permanências e descidas da Série H do Campeonato Nacional de Seniores.
Na memória de alguns ainda está o resultado do jogo da primeira fase disputado em Moura onde a equipa alentejana aplicou aos piedenses a derrota mais pesada da época (4-0), numa das exibições menos bem conseguidas.
Agora, com uma equipa mais reforçada - depois da entrada de dois novos jogadores que já alinharam na partida com o Almodôvar, o defesa Ricardo Bulhão (ex-Loures) e o avançado Rodrigo (ex-Real Massamá), os piedenses, que na jornada anterior subiram ao quarto lugar da tabela classificativa, prometem fazer tudo para saírem do Baixo Alentejo com um resultado positivo embora a tarefa não se apresente fácil porque a equipa visitada, a jogar perante o seu público, vai querer certamente tirar partido do factor casa para conquistar os três pontos e assim manter a liderança isolada do grupo.
Para esta partida, as equipas partem com um estado de espírito muito semelhante porque nesta fase tanto uma como outra têm quatro pontos conquistados [produto de uma vitória, um empate e uma derrota] nos três jogos disputados e ambas vêm de uma vitória; o Moura no jogo que disputou no Barreiro e o C. Piedade no encontro que realizou em casa com o Almodôvar.
Numa altura em que todos os pontos fazem falta e numa série onde o equilíbrio entre os seis primeiros classificados é enorme, para a equipa da Cova da Piedade pontuar nesta deslocação ao Alentejo seria altamente motivante na luta pela permanência. Será isto possível. O treinador Sérgio Bóris acredita que sim conforme se pode verificar através das declarações que proferiu na antevisão ao jogo.
“Nem sempre quem tem o maior orçamento ganha o jogo”
Quais são as perspectivas para o jogo de Domingo?
Jogo difícil, à imagem de todos os que temos feito nesta segunda fase. O Moura é um adversário com quem não temos sido felizes, de qualquer forma acredito que no domingo mudaremos essa história e que traremos de lá um resultado positivo.
Quer então rectificar o desaire sofrido no jogo da primeira fase?
Claro que sim. Esse foi um jogo atípico, vínhamos de uma eliminatória positiva em Portimão, entrámos mal no jogo e aos 7 minutos já perdíamos por 2-0. Agora penso que a história será diferente, embora tenhamos a noção que teremos pela frente uma equipa fortíssima, praticamente toda ela profissional, e que neste mercado foi buscar o Anselmo ao Olhanense e recuperou o Jony que tinha vendido aos Bravos de Maki. Por estes exemplos, percebemos que estamos perante um adversário com argumentos diferentes. No entanto, pela forma como a equipa está, tenho a certeza que tudo daremos para demonstrar mais uma vez que nem sempre quem tem o maior orçamento ganha o jogo.
A equipa está agora mais forte com a entrada de novos jogadores?
Diria que está mais equilibrada e com mais soluções. Aumentámos a irreverência no processo ofensivo com a entrada do Rodrigo e a experiência e qualidade no processo defensivo com a entrada do Bulhão e do Leonel. São jogadores que certamente nos irão ajudar a atingir o objectivo da manutenção, tal como foi visível no último jogo que fizemos em casa
“No domingo fomos inteligentes porque arriscámos na altura certa”
No último jogo em casa a equipa mostrou-se algo ansiosa e pouco atrevida perante o último classificado. Concorda?
Não, não concordo de todo. Entrámos bem, fizemos um golo cedo e depois num erro individual, permitimos a igualdade, abanámos um pouco mas depois só nós quisemos ganhar. Eu entendo que nem sempre por termos muitos jogadores na frente estamos mais perto de ganhar. Metemos o Dieb para aumentar a dinâmica e a agressividade no corredor e passámos o Jessy para a posição 9 porque é um jogador diferente do Eedy e com esta mudança sentimos que iríamos colocar ao adversário diferentes problemas. Depois com mais dois jogadores arriscámos ao mudar para 3x5x2. Fizemos golo nesse período e acabámos por gerir bem o jogo e até ao final ainda poderíamos ter feito mais um ou dois golos. Portanto, dizer que a equipa em determinados momentos esteve ansiosa, até concordo mas acho isso perfeitamente normal porque apresentámos no nosso 11 inicial seis jogadores com menos de 23 anos e sete que fazem o seu primeiro ano de segunda divisão. Agora, pouco atrevida parece-me que não. Fomos inteligentes, forçámos e arriscámos na altura em que sentimos ser a melhor e aí os jogadores tiveram um papel determinante ao conseguirem passar para o jogo a forma como nós no banco queríamos conduzir o encontro.
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