Arrentela não aproveitou superioridade numérica…
Palmelense terminou o jogo com apenas oito jogadores
O Arrentela, mesmo a jogar em sua casa, perante um adversário que começou a trabalhar com vista à nova época desportiva mais tarde, não foi além de um empate. Resultado que em nada satisfaz as suas pretensões ainda para mais porque alinhou durante toda a segunda parte e alguns minutos da primeira em inferioridade numérica. De facto foram três as expulsões [uma aos 43’, outra aos 78’ e a última já em período de compensação] na equipa do Palmelense que terminou o jogo com apenas oito jogadores. Não se pense Contudo que o jogo foi quezilento ou agressivo, nada disso, o que teve foi um árbitro com pouco jeito para dirigir jogos de futebol. Mostrar cartões por tudo e por nada não é de forma nenhuma a melhor solução para se impor e o resultado está à vista.
Em relação ao não foi muito bonito de ver porque de futebol houve muito pouco dentro das quatro linhas. Ainda assim, houve muita luta e muita entrega por parte dos jogadores de ambas as equipa que certamente terão dado o seu melhor.
Quem começou melhor foi a equipa da casa que se adiantou no marcador aos 9 minutos por intermédio de Tiago Amaral que aproveitou um corte mal efectuado pela defensiva do Palmelense para inaugurar o marcador.
A equipa de Palmela procurou reagir e aos 16 minutos quase chegava ao empate por Brito que proporcionou a Ricardo Rolo uma excelente defesa para canto do qual nada resultou. E, foi com algum equilíbrio que o jogo foi decorrendo até ao intervalo que chegou com o Arrentela em vantagem mas com o Palmelense em inferioridade numérica por expulsãp de Vítor Hugo, por acumulação de cartões amarelos.
Na segunda parte, o jogo continuava pouco atractivo porque se jogava de forma algo atabalhoada mas aos 56 minutos voltou a haver golo no Campo da Boa Hora, só que desta vez para o Palmelense [que jogava com 10 jogadores], na cobrança de um livre directo, por Gaspar que pouco tempo depois poderia ter colocado a sua equipa em vantagem se não fosse outra vez Ricardo Rolo a evitar.
Aos 78 minutos o Palmelense ficou reduzido a nove jogadores, desta vez por expulsão de Celkio [também com duplo amarelo] e as coisas ficavam mais facilitadas para o Arrentela só que os seus jogadores não conseguiram tirar aproveitamento disso, nem mesmo depois da terceira expulsão [Grampola, com vermelho directo].
Portanto, em jeito de conclusão pode dizer-se que o empate sabe a pouco ao Arrentela que face ao acontecido tinha a obrigação de fazer mais e melhor. Para o Palmelense, o ponto conquistado acabou por ser um justo prémio pelo empenho e atitude dos seus jogadores que foram obrigados a lutar contra muitas adversidades.
Na próxima jornada o Arrentela desloca-se a Sesimbra e o Palmelense recebe no Cornélio Palma a equipa do Grandolense.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
VÍTOR OLIVEIRA, treinador do Arrentela:
“Os resultados em nada se coadunam com o real valor da equipa”
“Devido ao futebol produzido penso que fomos a melhor equipa em campo, beneficiámos das expulsões dos jogadores do Palmelense mas a nossa equipa tem uma grande dificuldade em jogar contra menos jogadores, não consigo entender. Trabalhamos as coisas durante a semana, o futebol está a começar a fluir, não tivemos muitos erros defensivos [pela primeira vez, esta época] e acabámos por sofrer um golo de livre numa falta completamente desnecessária, temos oportunidades mas depois somos pouco lúcidos no momento da finalização e isso paga-se caro em competição. Não conseguimos acabar com a malapata dos maus resultados que em nada se coadunam com o real valor da equipa. Para a semana temos uma deslocação difícil a Sesimbra. Vamos trabalhar para ver se conseguimos dar a volta à situação”.
EDU MACHADO, treinador do Palmelense:
“Atendendo ao que se passou o empate acaba por ser um bom resultado”
“Atendendo ao que se passou no jogo o empate é bom porque conquistámos um ponto fora de casa num jogo em que ficámos reduzidos a 8 jogadores. Creio que a minha equipa foi quase sempre superior durante os noventa minutos. Quando ficámos reduzidos a nove e depois a oito jogadores foi mais difícil controlar o jogo porque o adversário tomou conta do jogo. Como disse, creio que é um ponto ganho. Acerca das expulsões não me posso alargar muito sobre a minha ideia: as decisões do árbitro são para respeitar. Nós já temos um histórico com este árbitro e eu não me vou alargar muito nem alimentar qualquer tipo de polémica. Ele decidiu, está decidido, mas o que é facto é que tenho três jogadores expulsos e não demos porrada em ninguém porque não foi um jogo agressivo. O que interessa é que o Palmelense consiga os seus objectivos que passam apenas pela manutenção”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Complexo Desportivo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Marco Machado (Núcleo de Santiago do Cacém), auxiliado por Manuel Pereira e Ilídio Pereira
ARRENTELA: Ricardo Rolo; Bruno Almeida (Vítor Graça, 65’), Rui Longo, Nuno Ferreira, Hadi David; Edson Mendes (Dário Vera, 45’), Tiago Amaral, Rúben Alexandre; Bruno Gomes, Luís Veiga (Luís Laranjeira, 65’), e Luís Almeida.
Suplentes não utilizados: Miguel Mascarenhas, Mauro Correia, Júlio Dias e Luís Cristo
TREINADOR: Vítor Oliveira
PALMELENSE: Gustavo; Pedro. Marco, Nelson, Jones; Paulo Sousa, Vítor Hugo, Celkio; Gaspar, Cláudio Duro (Alex, 66’) e Brito (Eddie, 25’ e Grampola, 78’).
Suplentes não utilizados: Neves, Morais, Tary e Kevin
TREINADOR: Edu Machado
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: 1-0, Tiago Amaral (9’); 1-1, Gaspar (56’)
Disciplina: cartão amarelo para Pedro (8’), Rui Longo (27’), Vítor Hugo (28 e 43’), Celkio (45+2 e 78’), Alex (75’), Gustavo (90+3’), Jones (90+4’). Cartão vermelho por acumulação para Vítor Hugo (43’), Celkio (78’) e directo para Grampola (90+2’).
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