Participaram
mais de 300 atletas em representação de 21 clubes…
CCD
PAIVAS VENCE COLECTIVAMENTE TORNEIO DE MUITO BOM NÍVEL
O
Centro Cultural e Desportivo das Paivas foi o brilhante vencedor do II Torneio de
Karaté Cidade de Amora que se realizou este sábado, dia 20 de Junho, no
Pavilhão da Escola Pedro Eanes Lobato, numa organização do Clube Recreativo da
Cruz de Pau.
Os
restantes lugares do pódio foram preenchidos pelo EKMA que se classificou em
segundo lugar e pela Fusões Academia que terminou na terceira posição.
AKWADO - Academias de Karate
Wado Ryu, Grupo Desportivo Unidos Caxienses/ AAMA, CR Cruz de Pau – KPS, Liga Nacional
de Karate Portugal, Clube Millennium BCP – AKS, SWC Manique – MSK, UR A-da-Beja
/ KPS, CCLAV- AAMA, CD PINHALNOVENSE-KPS, Clã do Tigre, Karate Clube Margem Sul,
BV Caneças, GIMBR-ANK, PM Ericeira/ Kaizen Karate Portugal, Academia da Vila –
CPKW, FIT – ANK, Clube Karate de Oeiras, CCDPV (Pinhal Vidal) – MSK, BAafureira
– ANK, Miguel Ângelo – ANK, MR BIG – ANK e Clube Atlético do Montijo foram as
outras equipas participantes que se classificaram por esta ordem.
A iniciativa, que fazia
parte integrante das festividades do aniversário
da cidade de Amora, destinava-se a atletas de todas as vertentes de Karaté,
incluindo atletas adaptados. Pena foi que a adesão destes atletas não tenha
sido a desejável porque na verdade é uma boa oportunidade para ultrapassar
algumas barreiras que ainda existem a nível desportivo. Barreiras essas que são
perfeitamente passíveis de serem ultrapassadas. Pelo menos foi esta a ideia com
que ficámos depois de termos assistido a alguns combates de atletas adaptados.
Se não nos tivessem dito antes certamente não ficaríamos a saber que se tratava
efectivamente de atletas com aquelas características.
“Tudo
correu muito bem e as expectativas foram superadas”
“Este ano alargámos o
torneio a atletas adaptados. Tudo correu muito bem e as expectativas foram
superadas. Na globalidade estiveram presentes mais de 300 atletas de diversas regiões
do país. Estávamos à espera também de representantes das ilhas [Madeira e
Açores], que acabaram por não vir. Mas, mas mesmo assim, como já disse,
superámos as expectativas. Fiquei satisfeitíssima pela forma como o torneio
decorreu e no próximo ano cá estaremos de novo”, disse a propósito Maria João
Maia um dos elementos da organização.
“Parabéns
à organização e ao mestre José Lemos”
Ricardo Neto, árbitro a
nível federativo, no final mostrava-se também bastante satisfeito com os
resultados e com o comportamento geral dos atletas que foi muito cortez. “Não houve
necessidade de marcar grandes faltas e isso é sinónimo de que todos se
respeitaram bem e entenderam na perfeição as regras. No geral acho que toda a
gente ficou satisfeita. Parabéns à organização e ao mestre José Lemos”.
“No
próximo ano procuraremos fazer do torneio um dos maiores eventos do país”
Mestre José Lemos, que
se encontra ligado à modalidade há mais de 40 anos, na qualidade de responsável
técnico pela organização do torneio, também falou á nossa reportagem: “Este ano
procurámos integrar também os deficientes na nossa prova mas infelizmente
tivemos pouca adesão, derivado à complexidade e também à visão de alguns
treinadores em relação aos deficientes do nosso país. Tentámos integrá-los na
comunidade e tentámos que não fossem apontados mas que passassem despercebidos.
Isso não aconteceu devido ainda à velha tradição de marginalizarmos os nossos
deficientes. É lamentável que isto aconteça, mas não vamos desistir. Esta é uma
área muito sensível e mexe com muitos sentimentos por isso vamos tentar
ultrapassar estas barreiras. Tudo continuaremos a fazer para que atletas com
algum grau de deficiência continuem a trabalhar no karaté com os mesmos
princípios das pessoas normais”.
“Queremos engrandecer
ainda mais este projecto e no próximo ano procuraremos fazer dele um dos
maiores eventos do país com uma dimensão muito mais abrangente a nível nacional.
Neste sentido, iremos apresentar este nosso projecto no Conselho Nacional de
Arbitragem, nas Associações e na Federação que é uma das maiores a nível do
número de praticantes filiados no país. Iremos também continuar envolvidos na luta
que estamos a desenvolver no sentido de fazer com que o Karaté seja uma
modalidade olímpica. Esperemos em 2020 ver este sonho concretizado. Tem havido
muitos entraves por questões puramente políticas”
Sobre o nível
competitivo do torneio Mestre José Lemos referiu que “passaram por aqui alguns
campeões nacionais, campeões do mundo e outros atletas que estão a fechar a
época em muito bom nível, mas demos também a oportunidade a outros atletas que
estão agora a dar os primeiros passos na parte competitiva.