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domingo, 21 de junho de 2015

KARATÉ»» Amora recebeu atletas de todo o país

Participaram mais de 300 atletas em representação de 21 clubes…

CCD PAIVAS VENCE COLECTIVAMENTE TORNEIO DE MUITO BOM NÍVEL

O Centro Cultural e Desportivo das Paivas foi o brilhante vencedor do II Torneio de Karaté Cidade de Amora que se realizou este sábado, dia 20 de Junho, no Pavilhão da Escola Pedro Eanes Lobato, numa organização do Clube Recreativo da Cruz de Pau.

Os restantes lugares do pódio foram preenchidos pelo EKMA que se classificou em segundo lugar e pela Fusões Academia que terminou na terceira posição.

AKWADO - Academias de Karate Wado Ryu, Grupo Desportivo Unidos Caxienses/ AAMA, CR Cruz de Pau – KPS, Liga Nacional de Karate Portugal, Clube Millennium BCP – AKS, SWC Manique – MSK, UR A-da-Beja / KPS, CCLAV- AAMA, CD PINHALNOVENSE-KPS, Clã do Tigre, Karate Clube Margem Sul, BV Caneças, GIMBR-ANK, PM Ericeira/ Kaizen Karate Portugal, Academia da Vila – CPKW, FIT – ANK, Clube Karate de Oeiras, CCDPV (Pinhal Vidal) – MSK, BAafureira – ANK, Miguel Ângelo – ANK, MR BIG – ANK e Clube Atlético do Montijo foram as outras equipas participantes que se classificaram por esta ordem.

A iniciativa, que fazia parte integrante das festividades do aniversário da cidade de Amora, destinava-se a atletas de todas as vertentes de Karaté, incluindo atletas adaptados. Pena foi que a adesão destes atletas não tenha sido a desejável porque na verdade é uma boa oportunidade para ultrapassar algumas barreiras que ainda existem a nível desportivo. Barreiras essas que são perfeitamente passíveis de serem ultrapassadas. Pelo menos foi esta a ideia com que ficámos depois de termos assistido a alguns combates de atletas adaptados. Se não nos tivessem dito antes certamente não ficaríamos a saber que se tratava efectivamente de atletas com aquelas características.   



“Tudo correu muito bem e as expectativas foram superadas”

“Este ano alargámos o torneio a atletas adaptados. Tudo correu muito bem e as expectativas foram superadas. Na globalidade estiveram presentes mais de 300 atletas de diversas regiões do país. Estávamos à espera também de representantes das ilhas [Madeira e Açores], que acabaram por não vir. Mas, mas mesmo assim, como já disse, superámos as expectativas. Fiquei satisfeitíssima pela forma como o torneio decorreu e no próximo ano cá estaremos de novo”, disse a propósito Maria João Maia um dos elementos da organização.

“Parabéns à organização e ao mestre José Lemos”

Ricardo Neto, árbitro a nível federativo, no final mostrava-se também bastante satisfeito com os resultados e com o comportamento geral dos atletas que foi muito cortez. “Não houve necessidade de marcar grandes faltas e isso é sinónimo de que todos se respeitaram bem e entenderam na perfeição as regras. No geral acho que toda a gente ficou satisfeita. Parabéns à organização e ao mestre José Lemos”.

“No próximo ano procuraremos fazer do torneio um dos maiores eventos do país”

Mestre José Lemos, que se encontra ligado à modalidade há mais de 40 anos, na qualidade de responsável técnico pela organização do torneio, também falou á nossa reportagem: “Este ano procurámos integrar também os deficientes na nossa prova mas infelizmente tivemos pouca adesão, derivado à complexidade e também à visão de alguns treinadores em relação aos deficientes do nosso país. Tentámos integrá-los na comunidade e tentámos que não fossem apontados mas que passassem despercebidos. Isso não aconteceu devido ainda à velha tradição de marginalizarmos os nossos deficientes. É lamentável que isto aconteça, mas não vamos desistir. Esta é uma área muito sensível e mexe com muitos sentimentos por isso vamos tentar ultrapassar estas barreiras. Tudo continuaremos a fazer para que atletas com algum grau de deficiência continuem a trabalhar no karaté com os mesmos princípios das pessoas normais”.

“Queremos engrandecer ainda mais este projecto e no próximo ano procuraremos fazer dele um dos maiores eventos do país com uma dimensão muito mais abrangente a nível nacional. Neste sentido, iremos apresentar este nosso projecto no Conselho Nacional de Arbitragem, nas Associações e na Federação que é uma das maiores a nível do número de praticantes filiados no país. Iremos também continuar envolvidos na luta que estamos a desenvolver no sentido de fazer com que o Karaté seja uma modalidade olímpica. Esperemos em 2020 ver este sonho concretizado. Tem havido muitos entraves por questões puramente políticas”

Sobre o nível competitivo do torneio Mestre José Lemos referiu que “passaram por aqui alguns campeões nacionais, campeões do mundo e outros atletas que estão a fechar a época em muito bom nível, mas demos também a oportunidade a outros atletas que estão agora a dar os primeiros passos na parte competitiva.