Cavani foi expulso por acumulação de amarelos…
AMORA
JOGOU COM APENAS 10 JOGADORES A PARTIR DOS 38 MINUTOS
Que o Amora iria ter tarefa complicada nesta sua
deslocação a Setúbal já era de esperar devido à qualidade do adversário [Comércio
e Indústria] mas as dificuldades acabaram por ser ainda maiores face às
contingências do próprio jogo que ficou marcado de forma negativa pela expulsão
de Cavani, ainda no decorrer da primeira parte.
O jogo que fazia parte integrante da primeira jornada da
Série B da Taça da AF Setúbal foi muito disputado e também muito quezilento
obrigando o árbitro a mostrar 10 cartões amarelos e um vermelho.
Para além deste pormenor
será também de salientar o facto de cinco dos seis golos terem sido obtidos em
lances de bola parada e quatro deles de cabeça.
Quem entrou melhor no jogo
foi o Amora que assumiu as despesas do jogo logo desde o início contudo a
primeira equipa a marcar foi a do Comércio e Indústria que de um momento para o
outro se colocou a ganhar por 2-0 com golos de Dany (8’) e Luís Costa (14’).
Apesar das adversidades, o Amora,
que vinha controlando o jogo, continuou a explanar o seu futebol e, também em dois
lances de bola parada, conseguiu chegar à igualdade com golos de Joca (22’) e
Balela (26’).
Depois, aos 38 minutos aconteceu
a expulsão de Cavani e a partir daí as coisas modificaram-se. O Amora foi
obrigado a modificar o seu esquema de jogo e aos poucos foi perdendo o domínio do
jogo que até então lhe tinha pertencido mas até ao intervalo tudo se manteve na
mesma em relação ao marcador (2-2).
Na segunda parte o Comércio
entrou mais pressionante em termos ofensivos mas curiosamente quem se adiantou
no marcador foi o Amora por intermédio de França (49’), na conversão de uma
grande penalidade.
Os setubalenses foram
obrigados a correr atrás do prejuízo e acabaram por chegar ao empate (3-3) com
um golo marcado por Nuno Pereira, que selou o marcador final.
Em suma, na primeira parte atá
à expulsão de Cavani o Amora foi sempre superior porque teve mais posse de bola
e o jogo sempres controlado. Depois, na segunda parte, quem teve o sinal mais, como
seria de esperar, foi o Comércio e Indústria.
A OPINIÃO DOS TREINADORES...
Paulo
Correia, treinador do Amora
“Os
jogadores foram heróis”
“O Amora não pode ter ficado
contente com este resultado porque quer ganhar todos os jogos mas a verdade é
que neste ficámos condicionados a partir da expulsão do Cavani. Tivemos que deixar
de jogar da forma como tínhamos trabalhado, em posse, porque passou a ser mais
um jogo de luta”.
“Os jogadores foram heróis
porque conseguiram virar um resultado desfavorável de 2-0 para uma vantagem de
3-2, numa altura em que jogávamos apenas com 10 jogadores. Depois houve algum
cansaço mas o Amora foi superior”.
“Não vou criticar a
arbitragem porque nós também falhamos passes e golos mas depois do nosso
jogador ter visto os dois amarelos houve um chorrilho de faltas semelhantes e
ninguém viu amarelo. Isto não faz sentido”.
Carlos
Chaby, treinador do Com. Indústria
“Na
segunda parte fomos nós que controlámos o jogo”
“Foi um jogo bastante
intense e repartido. Na primeira parte o domínio foi do Amora que controlou o
jogo e teve mais posse de bola. Nós fomos mais felizes e chegámos ao 2-0 em dos
lances de bola parada. Depois, o Amora num livre lateral e num canto restabelece
a igualdade mas logo a seguir vê um jogador seu ser expulso e em consequência disso
na segunda parte fomos nós que controlámos o jogo”.
“Jogámos contra o campeão em
título que tem uma equipa madura e muitas soluções mas penso que na segunda
parte poderíamos ter ganho o jogo. De qualquer maneira estou satisfeito com os
meus jogadores. Ainda estamos a trabalhar o nosso modelo. Por isso, não posso
pedir mais aos jogadores”.