Paulo Martins não se revê
nas afirmações de Hugo Mira…
“SE A PRIMEIRA AGRESSÃO
FOSSE PUNIDA NADA DISTO TERIA ACONTECIDO”
Paulo Martins não se revê
nas afirmações feitas pelo treinador do Lagameças, Hugo Mira, e usando do
direito de resposta voltou a abordar o assunto no sentido de esclarecer todas
as dúvidas que ainda possam existir sobre o assunto.
Em entrevista que pode ouvir
aqui no Jornal de Desporto, Paulo Martins refere:
“Não pactuo com as situações
que se passaram no domingo. Quem me conhece sabe que sou contra este tipo de
situações e mesmo enquanto jogador nunca fui expulso por agredir alguém. O que
se passou continuo a afirmar que só aconteceu porque dois jogadores perderam a
cabeça.
Eu não estava nada nervoso.
O meu colega disse isso porque se calhar foi mal informado.
"O
guarda-redes mandou-me para o car… mas no fim pediu-me desculpa"
Ao intervalo perguntei ao
árbitro se não tinha visto aquela falta que tinha sido óbvia e quando o
guarda-redes passou por mim mandou-me para o car…. É evidente que não gostei e
disse-lhe que não admitia isso. Se o treinador do Lagameças perguntar ao seu guarda-redes
o que ele fez depois de tomar banho no final do jogo, ele vai dizer que me
pediu desculpa.
Em relação ao jogo, é claro
que não gosto de perder. Quem me conhece sabe que sou muito impulsivo no calor
do jogo e que tento tirar o máximo rendimento dos meus jogadores e se não gosto
de alguma coisa na minha equipa tento rectificar.
Sobre o teor ofensivo que o
meu colega fala, é óbvio que tiveram duas ou três situações para fazer golo,
mas por norma não fico nervoso por as outras equipas jogarem bom futebol contra
nós. Posso não gostar mas para ficar nervoso é preciso muito mais do que isso.
No final do jogo fiquei a
falar calmamente com os meus colegas da equipa adversária e disse-lhes que se a
primeira agressão, que foi de um jogador do Lagameças, fosse punida nada disto
teria acontecido. O meu jogador (Rafael) caiu no chão e depois perdeu a cabeça
partindo para a agressão. Agora dizer que não estavam dois ou três jogadores do
Lagameças a agredi-lo, eu discordo.
Falei com os colegas e com
alguns jogadores adversários e todos tinham a mesma opinião. Se os jogadores do
Lagameças tivessem acalmado o que se estava nada daquilo tinha acontecido. O
problema é que partiram para a agressão.
"Vi
uma pessoa a apertar o pescoço a um dos meus jogadores"
Quanto às entradas em campo,
não conheço toda a gente de Alcácer, nem todos os amigos dos meus jogadores mas
fui informado que três deles entraram em campo mas também vi uma outra pessoa [que
supostamente seria do Lagameças porque andava a recolher as bandeirolas] a
apertar o pescoço a um dos meus jogadores.
Penso que o meu colega não
teve uma boa informação ou então percebeu mal o que eu disse porque jamais iria
dizer o contrário do que vi. Pode haver muitas pessoas sérias mas mais sérias
que eu não são.
Nós, treinadores, temos que
tentar cada vez mais que estão situações não aconteçam, embora não seja fácil
porque estamos a gerir muitas emoções, muitas cabeças e estamos no futebol
distrital. No futebol profissional o
jogador ainda pensa duas vezes porque vive do futebol mas aqui no futebol distrital
a situação é completamente diferente”.