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sábado, 10 de outubro de 2020

PEDRO PAIVA»» Na Lituânia por mais um ano

 

Treinador renovou a sua ligação ao clube…

 

“TEM SIDO UM TRABALHO ÁRDUO QUE TEM SUPERADO TODAS AS EXPECTATIVAS”

 

Pedro Paiva agradece publicamente a confiança e promete fazer tudo para estar à altura da responsabilidade de representar o maior Clube da Lituânia

 

 


Pedro Paiva tem apenas 28 anos mas muito para contar no que respeita ao futebol, onde exerce as funções de treinador. Natural da margem sul do Tejo, começou no clube da sua terra, o Ginásio Clube de Corroios, com apenas 18 anos como treinador adjunto da equipa de iniciados, depois seguiram-se passagens pelo Almada, Quinta do Conde, Naval (como adjunto e coordenador técnico), Tourizense, Águias do Moradal, Gafetense, Idanhense e Zambujalense de onde (em Fevereiro, deste ano) saiu para treinar a equipa B do FK Suduva, na Lituânia.

O trabalho por aquelas paragens foi interrompido devido à pandemia mas no regresso aquele país foi convidado para renovar contrato, curiosamente após a derrota mais pesada da sua equipa no campeonato.

Numa pequena entrevista que fizemos, Pedro Paiva deu-nos conta da sua aventura por aquelas paragens…


 

Em Fevereiro deste ano foi treinar a equipa B do tri-campeão da Lituânia na II Liga. Conte-nos, como tem corrido a aventura?

A aventura teve alguns percalços que desviaram o projecto da ideia inicial. Devido ao Covid parámos no fim da pré-época em Março e quando consegui regressar em Junho foi na semana do primeiro jogo do campeonato. Entretanto, reforços também não houve e partimos com a base dos jogadores que acabaram em último lugar a época passada, aos quais juntámos alguns meninos dos sub16. Tem sido um trabalho árduo mas a superar todas as expectativas.

 

O trabalho desenvolvido parece ter corrido bem porque pelo que sabemos acabou de renovar contrato...

Exactamente. Aliás, o objectivo era participar no Playoff de subida e quando me apresentaram a primeira proposta de renovação andávamos fora desses lugares. Felizmente, atingimos o objectivo e também chegámos a acordo para renovar. A proposta inicial era de dois anos, mas sou a favor de contractos anuais apenas e assim assinei até Novembro de 2021. Mais do que um renovar do vínculo que nos unia, encaro este passo como o reconhecimento das minhas competências e da minha dedicação a um projecto muito difícil mas também muito rico em novos desafios. Agradeço publicamente a confiança ao presidente, Vidmantas Murauskas, na certeza de que tudo farei para estar à altura da responsabilidade que é representar o maior Clube da Lituânia.

 

 


Não sentiu dificuldade na adaptação?

Nada disso, tenho-me esforçado para aprender lituano para ajudar e senti-me sempre acarinhado aqui. A maior dificuldade está mesmo na diferença cultural que existe em relação ao futebol, as mentalidades aqui ainda estão muito presas a conceitos passados e tem impedido o progresso do futebol. Mas está a ser um desafio engraçado nesse sentido também.

 


Como é viver na Lituânia, muito diferente que em Portugal?

Nem por isso, aqui temos tudo também. Adoro o país. O que sinto de diferente tem mais a ver com a região onde vivo, estou no interior e não tenho o mar por perto. Sou da margem sul e é uma região privilegiada do país, temos tudo perto. Aqui em Marijampole é um bocadinho como quando vivia em Castelo Branco, mais calmo, sem praia por perto, um meio onde toda a gente se conhece.



Há alguma situação curiosa que queira partilhar connosco?

Sim, nesta questão da renovação há um pormenor muito curioso. A primeira vez que surgiu o tema da renovação foi após a pior derrota da época. Tínhamos ido defrontar a equipa com maior orçamento do campeonato, que conta com alguns ex-internacionais inclusive e perdido 5-1. Passado um ou dois dias sou chamado e dizem que querem renovar. Nunca me lembro de ouvir sequer algo semelhante.

 

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