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quarta-feira, 12 de maio de 2021

AMORA»» Lobatos Volley vão ter casa própria

 


Pelágio Moreira e Nuno Maria dão a conhecer o novo projecto…


 

PAVILHÃO TERÁ CONDIÇÕES DE TRABALHO ÚNICAS EM PORTUGAL

 


Custará milhão e meio de euros, terá 1400m2 de área desportiva, capacidade para 500 lugares e nele poderão ser realizadas competições nacionais e internacionais.

 


 


Os Lobatos Volley vão ter casa própria dentro de muito pouco tempo e as perspectivas de futuro são muito animadoras porque vem possibilitar o regresso a uma dinâmica que foi fortemente afectada pela pandemia.


O clube, que é uma referência da modalidade na margem sul do Tejo e que ainda não há muito tempo tinha uma equipa sénior a participar no Campeonato Nacional Feminino da 1.ª Divisão, para além de várias a disputar competições nacionais e regionais, quer voltar a ser o que já foi e a construção do Pavilhão Municipal Cidade de Amora é uma peça fundamental para que isso venha realmente a acontecer.


As terraplanagens já estão feitas e as obras, que deverão ficar concluídas a 30 de Setembro, decorrem em bom ritmo. Se tudo correr como se espera já poderá ser utilizado na próxima época desportiva.  


O coordenador técnico do clube Nuno Maria e o principal dinamizador do projecto, Pelágio Moreira, em entrevista ao nosso jornal contam tudo ao pormenor.


 

Um dos grandes problemas dos Lobatos era a falta de espaço mas isso vai deixar de acontecer!

Sim, é verdade. O espaço sempre foi uma condicionante do desenvolvimento do clube devido ao escasso número de horas que nos estavam distribuídas para treinar. Ao longo dos últimos cinco anos lutámos por uma instalação própria, a autarquia gostou do projecto que apresentámos e já está a ser construído. Vamos ter um pavilhão único que foi pensado exclusivamente para a prática do voleibol, terá quatro espaços de trabalho onde podemos ter quatro equipas a trabalhar em simultâneo com as margens de segurança mínimas exigidas pela federação.

 

Será uma peça fundamental para o desenvolvimento do clube?

Sem dúvida. O pavilhão vai-nos obrigar a muito trabalho mas estamos preparados para isso. Temos projectos para intervenção no 1.º ciclo e queremos também aproveitar o projecto de intervenção da câmara municipal para levar o voleibol à escola porque queremos captar mais crianças para o nosso projecto que vai passar a ser desenvolvido num espaço muito atractivo.

 


Quais são as características do pavilhão?

Toda a estrutura vai ser em madeira mas grande parte das paredes são em vidro para permitir a entrada de luz. Quando dizemos que é um pavilhão único é porque vamos ficar com quatro espaços de trabalho e cada equipa pode desenvolver o seu trabalho sem interferir no espaço dos outros e permite que dois desses espaços se transformem rapidamente em campos para jogos oficiais, para além de um campo principal, num total de 1400 m2 e capacidade para 500 lugares.  


 

 A gestão vai ficar a cargo dos Lobatos?

Sim, seremos os usufrutuários durante um determinado espaço de tempo que ficará estabelecido num protocolo que iremos assinar com a autarquia. O pavilhão ficará à nossa responsabilidade, será entregue ao clube que está a gerir e a tratar de tudo em relação à obra. É uma grande responsabilidade que assumimos.


 

Projecto inclui o Voleibol Masculino

 

De regresso ao clube está Nuno Maria para desempenhar as funções de coordenador técnico. Que ideias que pretende implementar?

O projecto está a ser reformulado e será novamente traçado de acordo com aquilo que queremos a médio e longo prazo. Ou seja, voltar a ter equipas competitivas. Nesta altura, a ideia passa por aumentar o número de atletas, alargar a prática ao género masculino e, se houver condições, ter já na próxima época uma equipa sénior. Não é que seja uma obsessão mas é importante para dar continuidade às atletas dos escalões de formação.

 



O clube foi muito afectado pela pandemia?                   

Com a pandemia perdemos praticamente os últimos dois anos, agora vamos tentar recuperar aos poucos, não só em termos de qualidade mas sobretudo em quantidade. Estamos a desenvolver alguns projectos e parcerias porque queremos de facto aumentar o número de praticantes. Um dos grandes objectivos é que as meninas voltem, que se sintam confortáveis e seguras. Vamos também voltar ao protocolo que tínhamos com o agrupamento de escolas Pedro Eanes Lobato e com as escolas envolventes. Foi assim que conseguimos construir o clube e é por aí que vamos ter que seguir novamente.

 

Quais são então as prioridades?

São claramente três. Recrutamento, aumento da quantidade e qualidade dos treinadores e definição do modelo de aprendizagem, que tem de ser transversal desde o minivoleibol aos seniores. Com estes objectivos concretizados e com a experiência que temos, ficaremos com uma grande bagagem para sermos uma referência na área do voleibol.

 

Vai ser bom trabalhar no novo pavilhão?

O pavilhão está pensado para ser uma referência a nível nacional porque terá tudo aquilo que é preciso para o voleibol, uma sala para treinadores com audiovisual e ligação directa entre estas e a fisioterapia, vai ter condições únicas e características ímpares. Será uma mais-valia para os Lobatos e para o voleibol nacional que poderá receber algumas competições, mesmo internacionais.

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