Pelágio Moreira e Nuno
Maria dão a conhecer o novo projecto…
PAVILHÃO TERÁ CONDIÇÕES
DE TRABALHO ÚNICAS EM PORTUGAL
Custará milhão e meio de euros, terá 1400m2 de área desportiva, capacidade para 500 lugares e nele poderão ser realizadas competições nacionais e internacionais.
Os Lobatos Volley vão ter casa própria dentro de muito pouco tempo e as perspectivas de futuro são muito animadoras porque vem possibilitar o regresso a uma dinâmica que foi fortemente afectada pela pandemia.
O clube, que é uma referência da modalidade na margem sul do Tejo e que
ainda não há muito tempo tinha uma equipa sénior a participar no Campeonato
Nacional Feminino da 1.ª Divisão, para além de várias a disputar competições
nacionais e regionais, quer voltar a ser o que já foi e a construção do
Pavilhão Municipal Cidade de Amora é uma peça fundamental para que isso venha realmente
a acontecer.
As terraplanagens já estão feitas e as obras, que deverão ficar concluídas
a 30 de Setembro, decorrem em bom ritmo. Se tudo correr como se espera já poderá
ser utilizado na próxima época desportiva.
O coordenador técnico do clube Nuno Maria e o principal dinamizador do
projecto, Pelágio Moreira, em entrevista ao nosso jornal contam tudo ao
pormenor.
Um dos grandes problemas dos Lobatos era a
falta de espaço mas isso vai deixar de acontecer!
Sim, é verdade. O espaço sempre foi uma condicionante do desenvolvimento do
clube devido ao escasso número de horas que nos estavam distribuídas para
treinar. Ao longo dos últimos cinco anos lutámos por uma instalação própria, a
autarquia gostou do projecto que apresentámos e já está a ser construído. Vamos
ter um pavilhão único que foi pensado exclusivamente para a prática do voleibol,
terá quatro espaços de trabalho onde podemos ter quatro equipas a trabalhar em
simultâneo com as margens de segurança mínimas exigidas pela federação.
Será uma peça fundamental para o
desenvolvimento do clube?
Sem dúvida. O pavilhão vai-nos obrigar a muito trabalho mas estamos
preparados para isso. Temos projectos para intervenção no 1.º ciclo e queremos
também aproveitar o projecto de intervenção da câmara municipal para levar o
voleibol à escola porque queremos captar mais crianças para o nosso projecto
que vai passar a ser desenvolvido num espaço muito atractivo.
Quais são as características do pavilhão?
Toda a estrutura vai ser em madeira mas grande parte das paredes são em vidro para permitir a entrada de luz. Quando dizemos que é um pavilhão único é porque vamos ficar com quatro espaços de trabalho e cada equipa pode desenvolver o seu trabalho sem interferir no espaço dos outros e permite que dois desses espaços se transformem rapidamente em campos para jogos oficiais, para além de um campo principal, num total de 1400 m2 e capacidade para 500 lugares.
A
gestão vai ficar a cargo dos Lobatos?
Sim, seremos os usufrutuários durante um determinado espaço de tempo que
ficará estabelecido num protocolo que iremos assinar com a autarquia. O
pavilhão ficará à nossa responsabilidade, será entregue ao clube que está a
gerir e a tratar de tudo em relação à obra. É uma grande responsabilidade que
assumimos.
Projecto inclui o Voleibol Masculino
De regresso ao clube está Nuno Maria para
desempenhar as funções de coordenador técnico. Que ideias que pretende
implementar?
O projecto está a ser reformulado e será novamente traçado de acordo com
aquilo que queremos a médio e longo prazo. Ou seja, voltar a ter equipas
competitivas. Nesta altura, a ideia passa por aumentar o número de atletas, alargar
a prática ao género masculino e, se houver condições, ter já na próxima época
uma equipa sénior. Não é que seja uma obsessão mas é importante para dar
continuidade às atletas dos escalões de formação.
O clube foi muito afectado pela pandemia?
Com a pandemia perdemos praticamente os últimos dois anos, agora vamos tentar recuperar aos poucos, não só em termos de qualidade mas sobretudo em quantidade. Estamos a desenvolver alguns projectos e parcerias porque queremos de facto aumentar o número de praticantes. Um dos grandes objectivos é que as meninas voltem, que se sintam confortáveis e seguras. Vamos também voltar ao protocolo que tínhamos com o agrupamento de escolas Pedro Eanes Lobato e com as escolas envolventes. Foi assim que conseguimos construir o clube e é por aí que vamos ter que seguir novamente.
Quais
são então as prioridades?
São claramente três. Recrutamento, aumento da quantidade e qualidade dos
treinadores e definição do modelo de aprendizagem, que tem de ser transversal
desde o minivoleibol aos seniores. Com estes objectivos concretizados e com a
experiência que temos, ficaremos com uma grande bagagem para sermos uma
referência na área do voleibol.
Vai ser bom trabalhar no novo pavilhão?
O pavilhão está pensado para ser uma referência a nível nacional porque terá
tudo aquilo que é preciso para o voleibol, uma sala para treinadores com audiovisual
e ligação directa entre estas e a fisioterapia, vai ter condições únicas e características
ímpares. Será uma mais-valia para os Lobatos e para o voleibol nacional que
poderá receber algumas competições, mesmo internacionais.
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