Vice-presidente Pedro Giro, é a voz da revolta…
EM CAUSA ESTÃO OS CASTIGOS APLICADOS
SOBRE OS INCIDENTES DO JOGO DE JUNIORES COM O AMORA
O dirigente do clube alcochetano conta tudo ao pormenor e mostra-se altamente indignado com a decisão tomada pelo Conselho de Disciplina da AF Setúbal.
Pedro Giro, a voz da revolta... |
Na minha opinião estamos a entrar numa polarização em que começa cada vez
mais a existir dois polos onde existem o “Nós e o Vós”.
Como dirigente com responsabilidades acrescidas no meu clube, Grupo
Desportivo Alcochetense, e no qual onde há quase uma década vou com todo o
empenho e carolice exercendo funções em prol do futebol e do clube que
represento, venho sentindo cada vez mais, e de uma forma cada vez mais vincada,
uma ambiguidade em vários aspectos sejam desportivos ou administrativos.
O exemplo deste “modus operandis" que se tem adaptado e implantado no
futebol do nosso distrito é bem patente relativamente aos clubes representados
profissionalmente em competição, onde os clubes do nosso distrito têm tido um
visível decréscimo competitivo e representativo.
Clubes intocáveis
Exemplo disso são algumas decisões incompreensíveis do conselho de
disciplina da AFS onde todos começam a perceber que muitas são decididas
conforme “os ventos”. Os Árbitros para os jogos são nomeados conforme as “marés”
e outras coincidências climáticas, que têm tornado estes últimos campeonatos
numa série de tempestades, tornados e num turbilhão de decisões no mínimo
estranhas e por vezes de coerência duvidosa.
Num jogo a contar para o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão de Juniores
onde se defrontaram os líderes da prova; Amora SAD e GD Alcochetense, jogo que
pessoalmente assisti e daí contar na primeira pessoa.
As ocorrências
No final da partida, e já após o apito final, depois de um jogo intenso e
competitivo, os jogadores de ambas as equipas entraram em desacatos e vários
elementos estranhos ao jogo entraram em campo.
As forças policiais tiveram de ser chamadas para manter a ordem pois havia
um elevado risco para integridade física dos nossos jogadores e restante staff.
Eu, pessoalmente, após acalmar os nossos jogadores, tive o cuidado de me
dirigir ao árbitro e lhe perguntar se estava a anotar tudo, disse-me para ficar
descansado…
O Grupo Desportivo Alcochetense, devido ao facto de ser o clube adversário,
enviou de imediato ao Conselho de Disciplina da AFS uma exposição a explanar o
sucedido e solicitou o relatório do árbitro assim que disponível.
Para nossa resignação, ou não, e após conhecer a decisão disciplinar da
AFS, o clube da casa foi apenas penalizado com 80 euros de multa e um jogador
expulso. Ao invés, o GD Alcochetense, teve dois jogadores expulsos, um deles
que se defendeu das agressões do adepto.
Relativamente ao recinto de jogo e talvez muito previsivelmente não houve
suspensões, mesmo com o relatório do árbitro a reconhecer que houve invasão de
elementos para o recinto do jogo.
Há cerca de 3 épocas atrás, por um adepto nosso ter entrado cerca de um metro
no recinto de jogo sem nenhuma agressão do mesmo, o GD Alcochetense foi multado
com o dobro do valor agora aplicado ao Amora SAD e levou o campo interditado
por um jogo. Aqui entra de novo a história do “Nós e do Vós”.
Julgo que a minha indignação é igual à de muitos que todos os fins-de-semana
sentem estas injustiças e se sentem impotentes, que trabalham arduamente durante
a semana e que também merecem e têm o direito de serem reconhecidos.
Creio que o que todos (ou quase todos) queremos é uma associação cada vez
mais unida, mais justa e forte, dentro e fora. Principalmente saudável e
competitiva. E ter a noção que os “capitalistas” e as Sad vivem do futebol, e
os “carolistas” vivem para o futebol, isso faz toda a diferença”.
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