RACING POWER»» Presidente Nuno Painço lança o alerta - JORNAL DE DESPORTO

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terça-feira, 1 de novembro de 2022

RACING POWER»» Presidente Nuno Painço lança o alerta

Há que encontrar soluções para evitar que situações como esta se repitam…


 

“SE ATLETA ESTIVESSE A LUTAR PELA VIDA TERIA FICADO ALI POR FALTA DE SOCORRO”


 

O socorro demorou uma hora e vinte minutos, desde a primeira chamada para o 112, porque a ambulância enviada para o local estava a mais de 60 quilómetros.

 



O jogo da Taça de Portugal Feminina entre a Racing Power e o Rio Ave realizado no Campo da Boa Hora, em Arrentela, que terminou com a vitória da equipa da nossa região ficou marcado por uma longa paragem devido à lesão (supostamente grave) de uma jogadora da equipa visitante que necessitava de uma ambulância para ser transportada ao hospital.


Como já foi divulgado a ambulância enviada veio de Canha que fica a 68 quilómetros de Arrentela, situação incompreensível porque os bombeiros do Seixal ficam a menos de cinco minutos do local da ocorrência e na região existem várias corporações de bombeiros. Esta situação para além de caricata levanta também outras questões como referiu ao nosso jornal o presidente da Racing Power, Nuno Painço.  



Tendo em conta o resultado que se registava na altura (5-0) e os poucos minutos que faltavam jogar (sete, mais a compensação), havia necessidade de tão longa espera?

Os regulamentos obrigam que o jogo chegue ao seu final. No entanto, esta era uma situação especial porque o resultado estaria já definido e os dois clubes estavam de acordo que já não existiam condições psicológicas para reatar o jogo.

 

Que comentário faz à longa espera da ambulância que teve que vir de Canha quando tão perto há um quartel de bombeiros?

É uma situação inacreditável. Não só temos os bombeiros do Seixal a 5 minutos, mas também da Amora e o INEM na Torre da Marinha, e é empenhada uma ambulância de Canha. Se atleta estivesse a lutar pela vida, certamente teria ficado por ali. Desde a primeira chamada feita para o 112 tanto por nós como pelo Rio Ave o socorro demorou 1h 20 minutos. É inacreditável. Mais uma vez, repito, temos bombeiros no Seixal, Amora, Almada, Cacilhas, Sesimbra, Quinta do Conde, Barreiro e vem uma ambulância de Canha.


 

“FPF fala em profissionalização mas tem que fazer muito mais por isso”

 


Em algumas competições nacionais é obrigatória a presença de uma ambulância nos jogos. Na Taça de Portugal pelos vistos não é…

Se a FPF fala de boca cheia que quer a profissionalização do futebol feminino, que quer dar mais condições aos clubes, tem de fazer muito mais por isso. Só na liga BPI conforme os regulamentos é obrigatório haver ambulância presencial nos campos. Também sei que é impossível haver ambulâncias em todos os estádios e campos a nível nacional porque não é só o futebol que necessita dessa assistência, mas temos de encontrar soluções para que não aconteçam novos episódios desta natureza.

 


“Poder político local não ajuda”

 

A nível competitivo a época está a correr dentro daquilo que foi perspectivado?

Estamos a fazer o nosso caminho e não me queria alongar muito mais sobre este assunto. Iniciámos a formação com as sub-15 e sub-19 e o projecto está a crescer a bom ritmo, sem qualquer ajuda do poder politico local. O sistema está instalado para que sejam sempre os mesmos a serem beneficiados. Solicitámos jogar no Complexo Municipal Carla Sacramento faz três meses numa reunião em que estivemos com o vereador do desporto, mas até hoje não foram capazes de nos dar uma resposta, mesmo que ela seja negativa. Por isso, iremos fazer o nosso caminho e, certamente que os investidores que iriamos trazer para o concelho em vários cenários para crescimento do mesmo, serão convidados por nós a investir noutro concelho. Mas na altura certa o investidor e o CEO da RPower Energy Drink terá oportunidade para abrir mais o jogo.

 

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