JOÃO PEDRO MONTEIRO»» Treinador de Juvenis do Galitos

 

Foi uma época verdadeiramente atípica ...

 

EQUIPA JOGOU PRATICAMENTE TODA A ÉPOCA COM UM GUARDA-REDES ADAPTADO

 

Um guarda-redes desistiu devido a problemas na coluna, o segundo guarda-redes foi punido pela mãe por motivos escolares,  o terceiro guarda-redes perdeu a mãe e o que veio de GD Fabril teve uma rotura de ligamentos

 

 

 

A equipa de juvenis do Galitos terminou o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão em 12.º lugar, com 19 pontos, produto de cinco vitórias, quatro empates, 17 derrotas, 34 golos marcados e 77 sofridos. 

Muito provavelmente não terá sido a classificação desejada mas segundo consta houve alguns condicionalismos que contribuíram para isso.

 

Neste sentido contactámos o treinador João Pedro Monteiro para contar de facto o que se passou numa época que parece ter sido algo atípica.

 

Quer especificar concretamente o que aconteceu com a equipa esta temporada?

 

No início de época reunimos um grupo de atletas com qualidade. Os nossos objectivos, enquanto grupo de trabalho, eram estar no top 5 devido há qualidade dos nossos atletas, mas, na semana que antecedeu o início da competição, um guarda-redes desistiu por problemas na coluna. O segundo guarda-redes esteve mal no ano letivo anterior e a mãe puniu-o e o terceiro guarda-redes perdeu a mãe. Perante esta situação tivemos que adaptar o nosso defesa-direito a guarda-redes, o Diogo Dias, e fomos fazendo os nossos pontos, semana após semana, sabendo que se fossem há nossa baliza era mais complicado, tínhamos de defender mais na frente.

 

Se isso não tivesse acontecido acredita que a classificação poderia ser melhor?

 

Com o Raul, que adquirimos em Novembro ao GD Fabril, seria totalmente diferente, mas em Dezembro fez uma rotura de ligamentos no joelho e voltámos novamente ao Diogo. A época foi totalmente atribulada.

 

 

Com o Barreirense e o Fabril por perto se calhar não é fácil formar um grupo de trabalho que seja capaz de andar pelos lugares cimeiros mas uma coisa é certa o Galitos continua na 1.ª Divisão ... 

 

O Galitos tem capacidade para evoluir e homens como Eugénio Alexandre com vasta experiência neste nosso mundo e com provas dadas em diversos clubes e patamares distintos. A proximidade do GD Fabril e FC Barreirense acaba por ser boa e má, pois se o atleta não serve eles dispensam, mas se um atleta sobressai querem-no adquirir no imediato.

 

 

O clube já trabalha na programação da próxima temporada?

 

O clube já iniciou as captações para a próxima temporada e esperamos conseguir novamente continuar na 1.ª Divisão Distrital. Na próxima temporada teremos todas as equipas de top da nossa região mas isso dá-nos ainda mais vontade de sucesso.

 

DENÚNCIA PÚBLICA»» Em causa está a retenção indevida de dinheiro

Tutores pedem pagamento integral e imediato do que é devido ...

 

 

SITUAÇÃO GRAVÍSSIMA E VERGONHOSA NO ESTÁGIO DE TREINADORES NA AF SETÚBAL

 

 

 

Em documento enviado para a nossa redacção, um treinador de futebol (Pedro Amora) que exerce as funções de tutor, vem fazer uma denúncia pública que está a acontecer no estágio de treinadores na Associação de Futebol de Setúbal.

 

 

"É com total revolta que venho expor uma situação gravíssima e vergonhosa que se arrasta há tempo demais:

 

A Associação de Futebol de Setúbal está a violar regulamentos oficiais, a reter dinheiro indevido dos tutores de estágio e a inventar regras à margem da Federação Portuguesa de Futebol.

 

• Segundo a Norma 13ª da FPF, encargos com Formadores e Tutores, do regulamento da FPF, reguladora dos cursos de treinadores de futebol, os tutores têm direito a no mínimo 80% do valor pago pelo estagiário.

 

• Em regulamento nenhum diz que se o estagiário reprova, o tutor não recebe absolutamente nada, mesmo tendo feito o seu trabalho. A norma é clara e inequívoca. Mas a AF Stúbal decidiu criar um regulamento paralelo (que outro tutor me fez chegar), à margem da legalidade, em que:

 

• Diminuiu o valor do estágio e aumentou as outras componentes

 

• E ainda pior: mesmo quando paga e depois de reduzir o valor do estágio, a AF Setúbal ainda reduz a percentagem para 70%, roubando 10% do valor que é exclusivamente do tutor, segundo a norma oficial. Vamos ser claros: isto é ilegal. É imoral. É uma fraude.

 

Tive cinco estagiários sob minha orientação. Dois reprovaram e a AF Setúbal usou isso como pretexto para não pagar o que me é devido, valor pago pelo estágio não é uma taxa de aprovação, mas sim uma remuneração pelos serviços prestados pela tutoria do estágio e pela AF Setúbal, cada um com a sua percentagem a receber. Houve reuniões iniciais, avaliações intermédias, várias reuniões, etc etc etc.

 

O argumento? Supostas “falhas” dos alunos, como fichas de jogo ou relatórios em falta. Como se isso fosse responsabilidade do tutor. No meio disto e em trocas de emails com um mero secretario arrogante (e todos sabemos como lá foi parar) a fazer insinuações constantes que a culpa é do tutor que não fez o seu trabalho, a bloquear o email geral da AF Setúbal (comportamento ilegal, não se pode bloquear um email de uma instituição) ou a dar respostas como esta em que assume que fiz o meu trabalho, contradizendo se, enfim.

 

“É procedimento desta AF Setúbal pagar ao tutor o tempo despendido com o estagiário quando o mesmo faz prova que acompanhou o estágio. No seu caso verifica-se que avaliou o estágio quando o mesmo não cumpria o número de jogos, requisito obrigatório de estágio. Desde quando o tutor é responsável pelo numero de jogos feitos pelo estagiário? Até o tutor o pode chumbar por qualquer outra razão, não recebe?

 

Excerto de pedido de revisão de nota de um dos alunos chumbados enviado para a AF Setúbal: "No processo de estágio existiram responsabilidades partilhadas na minha situação, com a AF Setúbal a atrasar-se a enviar a declaração (com meses sem resposta), o clube até à inscrição e minha na medida que podia ter feito ainda mais pressão sobre todos os intervenientes. Apesar das responsabilidades de todas as partes, SOU O ÚNICO QUE FICO PREJUDICADO neste processo.

 

Constitui-se da mais elementar justiça, vir por este meio contestar a decisão da reprovação do meu estágio, dada a incoerência apresentada pela AF Setúbal, visto que remetem o meu chumbo para um artigo no regulamento do curso, onde não me é possível cumprir nem os 6 meses de estágio, nem os 15 jogos nas fichas por responsabilidade da AF Setúbal". 

 

Perante isto há má-fé, assim ficam com 100% do valor do estágio, ainda me lembro que no meu ano de 2.º nível, o neto do amigo do Sr. presidente (menino Tomas) chumbou 17 alunos só de uma turma e nem os pedidos de revisão de nota avaliou, abandonando a AF Setúbal.

 

Desde quando o tutor é responsável pela entrega de documentação feita pelo estagiário e pela AF Setúbal?

Desde quando o trabalho do tutor só vale se o aluno passar?

 

Isto é um total desrespeito à função dos tutores. Os professores da componente teórica e específica também têm alunos reprovados, mas recebem pelo seu trabalho. Por que razão os tutores são tratados de forma diferente? E mais grave: quando paga, a AF Setúbal fica com 30% em vez dos 20% estipulados e ainda quer que sejam os tutores a pagar o IVA da factura, desviando fundos descaradamente, onde está o dinheiro dos tutores?

 

Com que autoridade alteram regulamentos da FPF?

 

Se esta prática continuar, em breve a AF Setúbal não terá tutores disponíveis. E sem tutores, não há estágio. Não há curso. Não há treinadores. Não há teta.

 

Pagamento integral e imediato do que nos é devido. Respeito pelo regulamento nacional da FPF. Fim dos regulamentos ilegítimos da AF Setúbal. É tempo de acabar com isto, a alcunha não é por acaso”.

 

ALCOCHETENSE»» Segundo título conquistado em três anos e meio

Treinador Tó Pê não tem dúvidas ...

 

“FOMOS DURANTE 10 MESES A EQUIPA QUE  MELHOR FUTEBOL PRATICOU”

 

Esta sexta-feira, o município de Alcochete recebe pelas 19 horas, no Largo de São João, a equipa que se sagrou campeã da 1.ª Divisão da AF Setúbal.  

 

 

O Grupo Desportivo Alcochetense, depois de um duelo  muito interessante com o Clube Oímpico do Montijo, que persistiu até à última jornada, sagrou-se Campeão Distrital da 1.ª Divisão da AF Setúbal e regressou 13 anos depois às competições de âmbito nacional.  

O título foi conquistado após a vitória obtida em Alfarim na última jornada do campeonato, num jogo que não se previa nada fácil. As coisas até nem começaram nada bem para a equipa de Alcochete que ficou em desvantagem aos 15 minutos, a reacção foi imediata e a igualdade aconteceu aos 33 minutos na conversão de uma grande penalidade cobrada por Fabrício Simões e, já em período de compensação para o intervalo (45+5’), Martim Coxixo, deu a volta ao marcador.  No início da segunda parte Diogo Macedo (48’) ampliou a vantagem, o Alfarim reagiu reduziu para 2-3 (77’) na cobrança de um penalti mas Hugo Sousa, 10 minutos depois, estabeleceu o resultado final (2-4) para grande satisfação dos adeptos da equipa de Alcochete que compareceram em grande número para festejaram a conquista do título.

No seu percurso ao longo do campeonato a equipa de Alcochete obteve 21 vitórias, 6 empates e 3 derrotas, marcou 66 golos, sofreu 22, e chegou ao fim com 69 pontos, mais um que o seu rival do Montijo. Foi ainda a equipa que perdeu menos vezes (3), a que sofreu menos golos (22) e que obteve mais goleadas (8).

No final da partida a alegria era imensa entre todos e o treinador Topê não fugia à regra. 

“Entrámos com alguma ansiedade. Queríamos entrar bem no jogo e tentámos, durante algum tempo, na fase inicial, acelerar bastante para quebrar as linhas do Alfarim mas acabámos por sofrer um golo num erro individual, de um dos jogadores que não merecia, porque fez uma grande época, mas o futebol é mesmo assim. A equipa mostrou uma maturidade enorme, fomos atrás do resultado e conseguimos ficar em vantagem ainda na primeira parte mas este jogo não foi tão bom como nós tínhamos perspectivado. As finais são para se ganhar e não para serem muito bem jogadas. O Alfarim, que tem muita qualidade, foi-nos criando algumas dificuldades mas em determinados momentos do jogo soubemos acelerar, ter bola, sair na transição quando tínhamos de sair e soubemos sofrer. Acho que fomos justos vencedores não só neste jogo mas também por aquilo que fizemos ao longo do campeonato, fomos durante 10 meses a equipa que praticou melhor futebol”.

Topê referiu também que “em alguns momentos houve pessoas que não acreditavam que nós conseguiríamos ser campeões mas hoje está aqui a prova de que com trabalho, com resiliência e sobretudo com a grande qualidade dos jogadores fomos vencedores e merecemos inteiramente este título. O mérito é também das pessoas que tiveram paciência para que isto acontecesse, eu e a minha equipa técnica viemos para aqui há três anos e meio e este é o segundo título que conquistamos. Um título que tem um sabor muito especial porque é de campeão. Por fim quero dar um obrigado a todos aqueles que me ajudaram ao longo deste tempo para que as coisas tivessem acontecido. Mas, a maior palavra é para os jogadores e para a restante equipa técnica porque foram sempre muitos profissionais”. 

 

 

Um dos melhores balneários onde já estive

 

Martin Coxixo foi um jogador importante porque marcou o golo que deu a volta ao marcador num momento crucial do jogo. “Foi um jogo difícil. Entrámos bem, mas através de um erro nosso acabámos por sofrer o primeiro golo, reagimos muito bem, tivemos várias oportunidades para fazer golo e acabámos por fazê-lo de bola parada e fomos para o intervalo já em vantagem. Na segunda parte, dominámos o jogo por completo, fizemos o 3-1 mas, depois, como é normal no futebol, acabámos por sofrer um bocadinho. Soubemos sofrer mas a vitória é mais do que justa”.

Sobre o golo que marcou, que foi o primeiro com a camisola do Alcochetense, Martim Coxixo disse que “foi uma sensação muito boa e de alívio porque foi o golo da reviravolta. Fico feliz por ter ajudado a equipa, estou muito feliz pela vitória no jogo e pela conquista do campeonato. Este balneário foi de longe um dos melhores onde já estive. Todos os que acompanham a equipa ao fim de semana certamente ter-se-ão apercebido disso. Temos um grupo muito forte e incrível, aquilo que fizemos é o reflexo do grupo que temos”.