1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» ALCOCHETENSE 1 MONTE DE CAPARICA 1 - JORNAL DE DESPORTO

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domingo, 1 de fevereiro de 2015

1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» ALCOCHETENSE 1 MONTE DE CAPARICA 1

Austrelino marcou um golo fabuloso…

Alcochetense atrasa-se um pouco em relação aos dois primeiros

O Alcochetense não conseguiu melhor que um empate na partida que disputou com o Monte de Caparica e atrasou-se um pouco em relação aos dois primeiros classificados [Barreirense e Amora] que passaram agora a dispor de quatro e três pontos de vantagem, respectivamente.

A exibição da equipa de Alcochete não foi de forma nenhuma das mais bem conseguidas da época mas a postura da equipa adversária, que mostrou sempre uma boa organização, também contribuiu não só para isso mas também para o desfecho final que não foi nada do agrado dos seus adeptos.

Para o Monte de Caparica que vinha de duas derrotas consecutivas, uma sofrida na Baixa da Banheira e outra em casa com o Barreirense, este foi um resultado bastante positivo porque foi conseguido em terreno alheio, em casa de uma das equipas mais fortes do campeonato.

Depois do nulo registado ao intervalo as equipas entraram na segunda parte dispostas a lutarem pela vitória e a primeira a marcar foi a da casa por intermédio do seu melhor marcador, Peter. O Monte de Caparica, que no final da primeira parte já havia atirado uma bola ao poste, reagiu ao golo sofrido e passado algum tempo chegou à igualdade com um golo fantástico de Austrelino, marcado a mais de 30 metros da baliza contrária, que fixou o resultado em 1-1.

No reatamento do campeonato, a 15 de Fevereiro, o Alcochetense volta a jogar em casa onde recebe o Almada enquanto o Monte de Caparica se desloca a Setúbal para defrontar o Comércio e Indústria que está a realizar um excelente campeonato.


A OPINIÃO DOS TREINADORES

ZÉ PEDRO, treinador do Alcochetense:

“A equipa esteve longe daquilo que na realidade vale”


“Este foi provavelmente um dos jogos menos bem conseguidos pelo Alcochetense em termos de equipa que teve jogadores muito abaixo do seu rendimento normal. Mesmo assim tivemos oportunidades para fazer golo mas não aproveitámos. Tem sido quase sempre assim desde o início da época e depois como não marcamos arriscamo-nos a sofrer como aconteceu quase no final da primeira parte quando o Monte de Caparica atirou ao poste. Ao intervalo rectificámos alguns pormenores, entrámos mais ou menos bem na segunda parte e colocámo-nos em vantagem com um golo marcado pelo Peter. O jogo continuou com a mesma toada, sempre equilibrado, mas depois o Monte de Caparica cresceu um pouco e acabou por chegar à igualdade com um grande golo. Mas, é como disse, a equipa esteve longe daquilo que na realidade vale e pode produzir”.

“Temos vindo a ser muito condicionados pelas arbitragens”

“Eu não gosto muito de falar das arbitragens mas agora que chegámos ao fim da primeira volta sou obrigado a dizer que temos vindo a ser muito condicionados por elas. Neste jogo, por exemplo, tivemos o Bruno Pais expulso no banco quando na realidade não ofendeu ninguém. Tenho que falar disto porque tem sido lamentável o que tem acontecido connosco ao longo do campeonato, tanto em casa como fora. Nos últimos sete jogos foram expulsos cinco jogadores. Não quero com isto dizer que é por causa dos árbitros que temos perdido pontos mas que nos têm condicionado é um facto. A equipa tem objectivos e potencial e está a fazer coisas giras mas assim não dá. Não somos uma equipa agressiva nem refilona mas quem não se sente não é filho de boa gente. A minha vida tem estado sempre ligada ao futebol e sei muito bem como as coisas funcionam por isso não venham atirar poeira para os nossos olhos. Ao dizer isto, não quero que nos favorecem o que quero é que não nos prejudiquem. Espero que na segunda volta as coisas melhorem a nível das arbitragens”.


JOSÉ MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:

“Para além do golo colocámos duas bolas nos ferros da baliza adversária”

“Sabíamos que íamos encontrar um adversário bem estruturado, bem trabalhado e acima de tudo, bastante motivado e que se transcende quando joga diante da sua massa adepta. Tudo isto foi trabalhado durante esta semana e felizmente tirámos frutos desse trabalho, não na sua totalidade como era nosso desejo, mas, mesmo assim, penso que fizemos uma exibição bem conseguida e, embora considere que o resultado se aceita, também se pendesse para o nosso lado não ficaria mal, pois para além do golo conseguido ainda colocámos duas bolas nos ferros da baliza do Alcochetense. O nosso adversário teve mais posse e mais domínio na partida mas tudo isso fazia parte da estratégia traçada que passava por dar a iniciativa de jogo a eles e sair rápido no contra golpe e o facto é que a equipa do Zé Pedro dominou e controlou mas só até onde lhes permitimos. Acabaram por chegar à vantagem num lance infeliz de um atleta nosso mas conforme tinha sido preparado mudámos de imediato a postura e começámos a dar largura ao nosso jogo e em consequência disso conseguimos chegar à igualdade com um golo soberbo do nosso capitão, Austrelino, que a uns bons 30 metros desferiu um violentíssimo pontapé indefensável para o guarda-redes contrário, que colocou alguma justiça no marcador. A partir daqui o jogo ficou mais dividido e poderia ter aparecido o golo para qualquer dos lados mas as defesas superiorizaram-se aos avançados conseguindo manter as suas balizas invioláveis”.


FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: Ricardo Figueiredo (Núcleo de Setúbal)

ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti; Portela, Cunha, Gil, Kiki; Piqueira, Ricardo Dâmaso (Milton, 55’), Feiteira (Djão, 75’); Marco Véstia (Ricardinho, 65’), Peter e Tiago Carvalho.
TREINADOR: Zé Pedro

MONTE DE CAPARICA: Didó; Ricardo, Albasini, Pedro, Heta; Austrelino, José João, Miguel (Galo, 54’); Bambo (Lino, 65’), Bolonha (Henrique, 85’) e Ruben Braga.
TREINADOR: José Meireles

Ao intervalo: 0-0
Golos: 1-0, Peter (52’); 1-1, Austrelino (72’)
Disciplina: Bruno Pais (84’) foi expulso no banco

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