As regras de
acesso ao fundo serão conhecidas em breve…
ASSOCIAÇÕES DISTRITAIS E REGIONAIS E CLUBES DAS
COMPETIÇÕES NÃO-PROFISSIONAIS SÃO OS DESTINATÁRIOS
A FPF reuniu-se esta quarta-feira, por teleconferência, com as associações distritais e regionais para análise do impacto da pandemia COVID-19 no futebol sénior não-profissional.
No seguimento
da reunião, a Direcção da FPF decidiu criar um fundo de apoio às associações e
aos clubes de futebol e futsal das competições nacionais não-profissionais de
seniores masculinos e femininos, no valor de 4,7 milhões de euros.
As regras de
acesso ao fundo serão conhecidas em breve e o objectivo da iniciativa é
garantir que os clubes cumprem com os compromissos estabelecidos para esta
época com jogadores e treinadores.
A FPF
reforçará também a sua participação no Fundo de Garantia Salarial e manterá com
o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e a Associação Nacional de
Treinadores de Futebol monitorização permanente da situação dos jogadores que
competem nas provas nacionais não-profissionais seniores e dos treinadores que
exercem actividade nestas competições.
Fernando
Gomes, Presidente da FPF, explicou o alcance da medida em declarações ao
fpf.pt: “Desde o início da pandemia que temos procurado ajudar quer a sociedade
civil quer a família do futebol. Tendo como primeira prioridade a saúde e a
segurança, sabemos que temos o dever e a obrigação estatutárias de ajudar as
nossas associações e clubes a encontrarem soluções financeiras para estes
tempos tão complicados. Decidimos assim, após um diálogo construtivo com os
sócios da FPF, acrescentar ao milhão de euros disponibilizado anteriormente um
novo fundo, de 4,7 milhões de euros, para auxiliar associações e clubes.
Fazemo-lo com a clara consciência de que não resolveremos todos os problemas
que enfrentamos, mas também dando um claro sinal de que esta é uma batalha que
travaremos em conjunto e de que é urgente cumprir os compromissos com
treinadores e jogadores.”
Joaquim
Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, congratula-se com esta
intervenção social da FPF e assinala: “O Campeonato de Portugal é uma
competição que tem vivido acima das suas possibilidades. Há muita precariedade
e desresponsabilização. A decisão do cancelamento da competição era inevitável.
O que pedimos ao Presidente da Federação é que não deixasse ninguém à sua
sorte, dependente dos dirigentes e da situação económica dos clubes, que em
muitos casos, é muito grave. A prioridade devem ser os jogadores, as equipas
técnicas e os funcionários.”
José
Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, aplaudiu
a iniciativa da FPF, assinalando tratar-se de “uma diligência que se encaixa no
pacote de medidas que a Federação tem vindo a implementar para fazer face às
dificuldades que decorrem da situação em que vivemos. A FPF está atenta aos
problemas que têm surgido e procura soluções para os resolver, ou pelo menos,
atenuar. Este fundo salvaguarda alguns clubes, que terão mais dificuldades em
cumprir as suas obrigações, e assim sendo, salvaguarda também todos os seus
funcionários, incluindo treinadores”.