VITÓRIA DE SETÚBAL»» Paulo Martins em entrevista

 

Orgulho nos jogadores…

 

“TEMOS SIDO ENORMES DENTRO DO CAMPO, UNS AUTÊNTICOS GUERREIROS”

 

Ficar entre os cinco primeiros, dignificar o símbolo que trazem ao peito e elevar o clube o mais alto possível são os grandes objectivos do grupo de trabalho.

 

 

Há quem considere esta equipa, que disputa a primeira divisão distrital, como equipa B, mas na verdade não é, porque não pertence à SAD.

Como existem os iniciados, os juvenis e os juniores, existe também esta equipa sénior que não é nem mais nem menos que uma equipa do Vitória Futebol Clube.

Mas independentemente disso, o que importa referir é que se trata de uma equipa constituída na sua maioria por jovens que estão a revelar muita qualidade e a fazer um excelente campeonato, como se pode verificar pelo lugar que ocupa na tabela classificativa.

Paulo Martins, de 44 anos, setubalense de gema, com um vasto percurso como jogador de futebol e mais recentemente treinador, é o comandante das tropas e foi com ele que falámos sobre o percurso da equipa nesta época de 2021 / 2022.  

 

 

O objectivo é ficar nos cinco primeiros

 

Que análise se pode fazer sobre o comportamento da equipa até ao presente momento?

Como treinador estou orgulhoso dos meus jogadores. Muitas pessoas não acreditavam que era possível fazer este trabalho. Mas, graças a eles, à equipa técnica e ao senhor Henrique temos conseguido dar a volta a muita coisa. Tem sido muito gratificante esta experiência na primeira divisão distrital no Vitória, sou o comandante e volto a dizer que estou muito orgulhoso daquilo que os meus jogadores têm feito ao longo da época.

 

O lugar que ocupa na tabela classificativa corresponde àquilo que era esperado?

Quando iniciámos a época colocámos o nosso objectivo ficar nos primeiros cinco lugares do campeonato, sabíamos que íamos partir muito atrás porque tivemos uma pré-época muito atribulada mas nós, equipa técnica, sentimos que podíamos lá chegar porque confiávamos no nosso trabalho e nos nossos jogadores. Sabíamos também que havia equipas com investimentos muito altos e outras com condições de trabalho muito superiores às nossas mas nunca baixámos os braços. Muita gente do Vitória de Setúbal apelida-nos de guerreiros e isso faz-nos sorrir porque ficamos a saber que há quem goste de nós e que reconhece o nosso trabalho. Na verdade, temos sido enormes dentro do campo, uns autênticos guerreiros.

 

 

Ainda muita coisa pode acontecer

 

O campeonato está a entrar no último terço e nesta jornada houve mudança de líder. Como prevês a recta final da competição?

É verdade, houve mudança de líder. Creio que está ainda tudo em aberto porque estão em disputa 30 pontos. Muito sinceramente, acho que ainda vai acontecer muita coisa nestes 10 jogos que faltam. A equipa que estiver mais bem preparada psicologicamente, fisicamente e tecnicamente, vai acabar por ficar em primeiro lugar mas uma coisa é certa, estas equipas que estão na frente são as melhores do campeonato e é porque têm mérito nisso. Portanto, parabéns a elas. Essa é uma guerra que a nós não diz respeito o que queremos é dignificar a nossa camisola e elevar o clube ao máximo que pudermos.

 

Tens alguma opinião formada sobre o facto da classificação ainda não ter sido actualizada devido à desistência do FC Setúbal?

Não tenho opinião formada sobre isso. Aguardamos com naturalidade esse desfecho. Apesar de sermos um dos beneficiados se tirarem os pontos da primeira volta. Se não tirarem também não ficamos preocupados, não vai criar grande mossa porque temos mais de 20 pontos de vantagem sobre os clubes que estão abaixo da linha de água, quando faltam disputar 10 jornadas.  

 

Tem havido uma certa confusão sobre o verdadeiro nome da equipa. Há quem lhe chame equipa B, mas parece que a designação correcta não é essa?

A designação de equipa B foi avançada por alguém mas nós somos uma equipa do Vitória Futebol Clube, de momento não pertencemos à SAD. Portanto, somos uma equipa como outra qualquer, uma equipa do Vitória de Setúbal. Tendo este símbolo ao peito para mim é igual. Tanto gostamos dos juniores, dos juvenis ou da equipa principal. Para nós, internamente, somos só uma.