CO MONTIJO»» Presidente, Cláudio Oliveira, em entrevista - JORNAL DE DESPORTO

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sexta-feira, 20 de junho de 2025

CO MONTIJO»» Presidente, Cláudio Oliveira, em entrevista

Rescaldo do campeonato e perspectivas para a nova época ...

 


“HÁ CLUBES COM UM ORÇAMENTO MUITO SUPERIOR AO NOSSO MAS NÃO TEMOS MEDO DISSO”

 




O plantel vai sofrer algumas mexidas que a seu tempo serão divulgadas mas o objectivo continua a ser o mesmo porque o clube, pela sua tradição e peso, irá jogar sempre para vencer.

 


 


O Clube Olímpico do Montijo que na época passada foi campeão distrital mas não subiu de divisão por não ter conseguido reunir as condições exigidas para isso, em tempo útil, tinha como objectivo para esta temporada nova conquista mas não conseguiu porque o Alcochetense terminou com mais pontos e chamou a si a conquista do título.



O campeonato foi muito disputado e desde bem cedo se começou a verificar que montijenses e alcochetanos eram efectivamente os grandes candidatos. A luta que travaram foi intensa mas alguns acidentes de percurso, tanto de uns como de outros, acabaram por ser determinantes para o desfecho final que não foi de forma nenhuma o mais desejado pelos montijenses.



Para saber como a situação foi vivida pelo clube da cidade do Montijo, o nosso jornal questionou o presidente Cláudio Oliveira sobre a forma como decorreu a época, o que falhou para que o objectivo não fosse alcançado, e tentou saber novidades em relação à nova temporada, que já está a ser preparada.



O CO Montijo não conseguiu o seu objectivo que passava pela conquista do título. No seu entender o que falhou?

O que falhou foi a bola não entrar. Faz parte. Os jogadores foram sérios, aplicados e esforçados em todos os momentos da época. Houve jogos em que a bola bateu no poste, o guarda-redes defendeu e não entrou. Quando assim é, pouco ou nada podemos fazer.



A equipa tinha um bom plantel e ganhou os dois jogos ao campeão mas por outro lado perdeu com o Banheirense e com o Botafogo, que desceram de divisão. Que explicações encontra neste pormenor?

A equipa estava muito forte e equilibrada com jogadores experientes e jovens com muita qualidade. Hoje é fácil olhar para trás e encontrar razões, mas talvez nesses jogos que indica (Banheirense e Botafogo) tenha existido algum relaxamento, aquele sentimento de que mais cedo ou mais tarde acabávamos por resolver o jogo. Em Cabanas acertámos 3 vezes no poste e acabámos por perder o jogo com um golo através de um lançamento. O futebol é assim. Os jogos com o Alcochete, Pescadores e outras equipas do topo da classificação, são os “mais fáceis” de preparar porque os níveis de motivação estão no máximo. E acabámos por fazer 12 pontos nos jogos entre os 3 da frente. Ninguém fez mais que nós.



A saída do Marco Bicho e a entrada do Hélio Pinto teve alguma influência no desenrolar dos acontecimentos?

Não. A equipa técnica anterior fez o melhor que conseguiu para o clube e o nosso projecto não sofre mudanças “apenas” por ganhar ou perder. Mudámos porque entendemos que era preciso mudar para ir de encontro ao que desejamos para o projeto futebol sénior masculino.



Como presidente ficou desiludido com o que aconteceu?

Não ficámos desiludidos, mas sim tristes. Trabalhámos muito para que tudo corresse bem. Ficámos tristes, principalmente, pelos nossos adeptos e sócios que estão e estiveram sempre connosco. Mas acreditem que o futuro do CO Montijo será risonho. Pois o que estamos a construir não se esvai nos resultados.



E em relação à próxima temporada quais são as perspectivas. O CO Montijo volta a ser candidato?

O CO Montijo, pela sua tradição e peso no futebol distrital, terá sempre de jogar para vencer em cada jogo. Claro que sabemos todos que o futebol tem muito que se lhe diga. Não embarcamos na narrativa de que o Vitoria de Setúbal já é campeão antecipado. Esperamos que todas as equipas joguem todos os seus jogos tal como nós fizemos este ano e vamos continuar a fazer. Para 2025/2026 vamos reforçar a aposta nos jovens jogadores do clube e do distrito, com a ambição de conquistar os 3 pontos todas as jornadas. Tal como este ano tínhamos condições financeiras e administrativas para subir, na próxima época iremos trabalhar para o conseguir, sabendo que existem muitas equipas que vão ter um investimento muito superior. Desde que tomámos posse em 2023 que nunca disputámos um campeonato sendo o maior orçamento, e portanto não temos medo disso.  



Estão previstas muitas alterações no plantel?

O plantel vai sofrer algumas mexidas, meia dúzia de jogadores que não poderão continuar connosco por motivos profissionais e familiares, outros porque irão abraçar contextos profissionais. A seu tempo será divulgada a lista de quem sai e de quem entra, mas podem ficar já com a certeza de que vamos procurar criar espaço para os jovens mostrarem a sua valia, juntamente com elementos experientes e com qualidade inegável.



Para concluir, há algo mais que queira referir?

O CO Montijo entende que este campeonato de seniores pode ser excelente para promover os nossos clubes e jogadores e todos juntos podemos fazer subir a visibilidade do campeonato e devolver prestígio à AF Setúbal. O nosso distrito não pode continuar a ter este deserto de equipas em contexto profissional e as Câmaras Municipais, bem como outras entidades com responsabilidade, têm de olhar para o futebol (e desporto em geral) como algo que acrescenta benefícios sociais às suas regiões. Esperamos que neste novo mandato na Associação exista vontade de voltar a despertar o interesse social no desporto da nossa região que outrora foi um berço de grandes jogadores e grandes clubes.

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