Rescaldo do campeonato e perspectivas para a nova época ...
“HÁ CLUBES COM UM ORÇAMENTO MUITO SUPERIOR AO NOSSO MAS NÃO TEMOS MEDO DISSO”
O plantel vai sofrer algumas mexidas que a seu tempo serão divulgadas mas o objectivo continua a ser o mesmo porque o clube, pela sua tradição e peso, irá jogar sempre para vencer.
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O campeonato foi muito disputado e desde bem cedo se começou a verificar que montijenses e alcochetanos eram efectivamente os grandes candidatos. A luta que travaram foi intensa mas alguns acidentes de percurso, tanto de uns como de outros, acabaram por ser determinantes para o desfecho final que não foi de forma nenhuma o mais desejado pelos montijenses.
Para saber como a situação foi vivida pelo clube da cidade do Montijo, o nosso jornal questionou o presidente Cláudio Oliveira sobre a forma como decorreu a época, o que falhou para que o objectivo não fosse alcançado, e tentou saber novidades em relação à nova temporada, que já está a ser preparada.
O CO Montijo não conseguiu o seu objectivo que passava pela conquista do título. No seu entender o que falhou?
O que falhou foi a bola não entrar. Faz parte. Os jogadores foram sérios, aplicados e esforçados em todos os momentos da época. Houve jogos em que a bola bateu no poste, o guarda-redes defendeu e não entrou. Quando assim é, pouco ou nada podemos fazer.
A equipa tinha um bom plantel e ganhou os dois jogos ao campeão mas por outro lado perdeu com o Banheirense e com o Botafogo, que desceram de divisão. Que explicações encontra neste pormenor?
A equipa estava muito forte e equilibrada com jogadores experientes e jovens com muita qualidade. Hoje é fácil olhar para trás e encontrar razões, mas talvez nesses jogos que indica (Banheirense e Botafogo) tenha existido algum relaxamento, aquele sentimento de que mais cedo ou mais tarde acabávamos por resolver o jogo. Em Cabanas acertámos 3 vezes no poste e acabámos por perder o jogo com um golo através de um lançamento. O futebol é assim. Os jogos com o Alcochete, Pescadores e outras equipas do topo da classificação, são os “mais fáceis” de preparar porque os níveis de motivação estão no máximo. E acabámos por fazer 12 pontos nos jogos entre os 3 da frente. Ninguém fez mais que nós.
A saída do Marco Bicho e a entrada do Hélio Pinto teve alguma influência no desenrolar dos acontecimentos?
Não. A equipa técnica anterior fez o melhor que conseguiu para o clube e o nosso projecto não sofre mudanças “apenas” por ganhar ou perder. Mudámos porque entendemos que era preciso mudar para ir de encontro ao que desejamos para o projeto futebol sénior masculino.
Como presidente ficou desiludido com o que aconteceu?
Não ficámos desiludidos, mas sim tristes. Trabalhámos muito para que tudo corresse bem. Ficámos tristes, principalmente, pelos nossos adeptos e sócios que estão e estiveram sempre connosco. Mas acreditem que o futuro do CO Montijo será risonho. Pois o que estamos a construir não se esvai nos resultados.
E em relação à próxima temporada quais são as perspectivas. O CO Montijo volta a ser candidato?
O CO Montijo, pela sua tradição e peso no futebol distrital, terá sempre de jogar para vencer em cada jogo. Claro que sabemos todos que o futebol tem muito que se lhe diga. Não embarcamos na narrativa de que o Vitoria de Setúbal já é campeão antecipado. Esperamos que todas as equipas joguem todos os seus jogos tal como nós fizemos este ano e vamos continuar a fazer. Para 2025/2026 vamos reforçar a aposta nos jovens jogadores do clube e do distrito, com a ambição de conquistar os 3 pontos todas as jornadas. Tal como este ano tínhamos condições financeiras e administrativas para subir, na próxima época iremos trabalhar para o conseguir, sabendo que existem muitas equipas que vão ter um investimento muito superior. Desde que tomámos posse em 2023 que nunca disputámos um campeonato sendo o maior orçamento, e portanto não temos medo disso.
Estão previstas muitas alterações no plantel?
O plantel vai sofrer algumas mexidas, meia dúzia de jogadores que não poderão continuar connosco por motivos profissionais e familiares, outros porque irão abraçar contextos profissionais. A seu tempo será divulgada a lista de quem sai e de quem entra, mas podem ficar já com a certeza de que vamos procurar criar espaço para os jovens mostrarem a sua valia, juntamente com elementos experientes e com qualidade inegável.
Para concluir, há algo mais que queira referir?
O CO Montijo entende que este campeonato de seniores pode ser excelente para promover os nossos clubes e jogadores e todos juntos podemos fazer subir a visibilidade do campeonato e devolver prestígio à AF Setúbal. O nosso distrito não pode continuar a ter este deserto de equipas em contexto profissional e as Câmaras Municipais, bem como outras entidades com responsabilidade, têm de olhar para o futebol (e desporto em geral) como algo que acrescenta benefícios sociais às suas regiões. Esperamos que neste novo mandato na Associação exista vontade de voltar a despertar o interesse social no desporto da nossa região que outrora foi um berço de grandes jogadores e grandes clubes.
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