Tutores pedem pagamento integral e imediato do que é devido ...
SITUAÇÃO GRAVÍSSIMA E VERGONHOSA NO ESTÁGIO DE TREINADORES NA AF SETÚBAL
Em documento enviado para a nossa redacção, um treinador de futebol (Pedro Amora) que exerce as funções de tutor, vem fazer uma denúncia pública que está a acontecer no estágio de treinadores na Associação de Futebol de Setúbal.
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A Associação de Futebol de Setúbal está a violar regulamentos oficiais, a reter dinheiro indevido dos tutores de estágio e a inventar regras à margem da Federação Portuguesa de Futebol.
• Segundo a Norma 13ª da FPF, encargos com Formadores e Tutores, do regulamento da FPF, reguladora dos cursos de treinadores de futebol, os tutores têm direito a no mínimo 80% do valor pago pelo estagiário.
• Em regulamento nenhum diz que se o estagiário reprova, o tutor não recebe absolutamente nada, mesmo tendo feito o seu trabalho. A norma é clara e inequívoca. Mas a AF Stúbal decidiu criar um regulamento paralelo (que outro tutor me fez chegar), à margem da legalidade, em que:
• Diminuiu o valor do estágio e aumentou as outras componentes
• E ainda pior: mesmo quando paga e depois de reduzir o valor do estágio, a AF Setúbal ainda reduz a percentagem para 70%, roubando 10% do valor que é exclusivamente do tutor, segundo a norma oficial. Vamos ser claros: isto é ilegal. É imoral. É uma fraude.
Tive cinco estagiários sob minha orientação. Dois reprovaram e a AF Setúbal usou isso como pretexto para não pagar o que me é devido, valor pago pelo estágio não é uma taxa de aprovação, mas sim uma remuneração pelos serviços prestados pela tutoria do estágio e pela AF Setúbal, cada um com a sua percentagem a receber. Houve reuniões iniciais, avaliações intermédias, várias reuniões, etc etc etc.
“É procedimento desta AF Setúbal pagar ao tutor o tempo despendido com o estagiário quando o mesmo faz prova que acompanhou o estágio. No seu caso verifica-se que avaliou o estágio quando o mesmo não cumpria o número de jogos, requisito obrigatório de estágio. Desde quando o tutor é responsável pelo numero de jogos feitos pelo estagiário? Até o tutor o pode chumbar por qualquer outra razão, não recebe?
Excerto de pedido de revisão de nota de um dos alunos chumbados enviado para a AF Setúbal: "No processo de estágio existiram responsabilidades partilhadas na minha situação, com a AF Setúbal a atrasar-se a enviar a declaração (com meses sem resposta), o clube até à inscrição e minha na medida que podia ter feito ainda mais pressão sobre todos os intervenientes. Apesar das responsabilidades de todas as partes, SOU O ÚNICO QUE FICO PREJUDICADO neste processo.
Constitui-se da mais elementar justiça, vir por este meio contestar a decisão da reprovação do meu estágio, dada a incoerência apresentada pela AF Setúbal, visto que remetem o meu chumbo para um artigo no regulamento do curso, onde não me é possível cumprir nem os 6 meses de estágio, nem os 15 jogos nas fichas por responsabilidade da AF Setúbal".
Perante isto há má-fé, assim ficam com 100% do valor do estágio, ainda me lembro que no meu ano de 2.º nível, o neto do amigo do Sr. presidente (menino Tomas) chumbou 17 alunos só de uma turma e nem os pedidos de revisão de nota avaliou, abandonando a AF Setúbal.
Desde quando o trabalho do tutor só vale se o aluno passar?
Isto é um total desrespeito à função dos tutores. Os professores da componente teórica e específica também têm alunos reprovados, mas recebem pelo seu trabalho. Por que razão os tutores são tratados de forma diferente? E mais grave: quando paga, a AF Setúbal fica com 30% em vez dos 20% estipulados e ainda quer que sejam os tutores a pagar o IVA da factura, desviando fundos descaradamente, onde está o dinheiro dos tutores?
Com que autoridade alteram regulamentos da FPF?
Se esta prática continuar, em breve a AF Setúbal não terá tutores disponíveis. E sem tutores, não há estágio. Não há curso. Não há treinadores. Não há teta.
Pagamento integral e imediato do que nos é devido. Respeito pelo regulamento nacional da FPF. Fim dos regulamentos ilegítimos da AF Setúbal. É tempo de acabar com isto, a alcunha não é por acaso”.
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