Foi companheiro de Formosinho, Silvino e mais tarde de Vítor Batista ...
É SETUBALENSE O ÚNICO TREINADOR PORTUGUÊS A TRABALHAR NA ALEMANHA
Tem 4 títulos conquistados, é fã de Jorge Jesus, José Mourinho e Carlos Carvalhal. Uma das suas grandes ambições é treinar um clube em Portugal.
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Foi apanha-bolas no Vitória Futebol Clube, aos 14 anos jogava nos juvenis onde teve como companheiros Ricardo Formosinho e Silvino Louro, deliciava-se a ouvir os saudosos Fernando Vaz e José Maria Pedroto que foram treinadores da equipa principal e mais tarde fez dupla com Vítor Batista, no Montijo e no Estrelas do Faralhão.
Em 1982 jogou no Clube Desportivo do Montijo que estava na 2.ª Divisão Nacional e representou também o Lourosa (3.ª Divisão), Sesimbra (3.ª Divisão) que tinha como treinador o húngaro Jonas Zargo, Amora (2.ª Divisão) treinado pelo “magriço” José Carlos, Cova da Piedade, Águas de Moura e Estrelas do Faralhão, antes de emigrar.
Caracterizava-se por ser um médio combativo e disciplinado, elogiado pelos treinadores pela entrega e pela forma física exemplar. Embora não tenha atingido o topo do futebol profissional, conquistou respeito nas divisões secundárias e distritais, onde se destacava pela liderança dentro e fora de campo.
A alcunha “chapa” surgiu por brincadeira nas camadas jovens do Vitória FC passando a ser uma marca pessoal, até mesmo na Alemanha onde toda a gente o trata assim.
Chegou à Alemanha em janeiro de 1993 e em maio, desse mesmo ano, começou a ser treinador numa equipa portuguesa, o Sporting de Hamburgo, sendo considerado o melhor treinador no campeonato da segunda divisão regional.
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Luís Silva garantiu ao nosso jornal que “não é fácil um treinador estrangeiro trabalhar na Alemanha porque os alemães dão prioridade aos treinadores do seu país. Mas eu, como sou uma pessoa muito ambiciosa que adora futebol e vive futebol, andei por baixo mas soube esperar e a minha vez surgiu. Agora fui chamado para substituir um treinador alemão numa equipa da primeira divisão distrital que quer subir de divisão, o Hamburger Berg, clube com 11 anos de existência que já esteve na 5.ª liga germânica. Presentemente estamos em sexto lugar a quatro pontos do primeiro classificado mas com um jogo a menos. Tenho pouco mais de um mês de trabalho mas parece que estamos no caminho certo. No final quero ser campeão, foi para isso que me contrataram”, deixou bem vincado.
Com forte ligação a Setúbal, mas radicado em Hamburgo há mais de 30 anos, Luís Silva sente-se feliz porque “trabalho no futebol e ganho algum dinheiro” que dá para viver sem sobressaltos. E, quando joga em casa almoça sempre no bairro português de Hamburgo onde existem muitos restaurantes portugueses, “o Lisboa, o Coimbra, o Porto e o Manuel dos Frangos, entre outros, que têm pratos típicos do nosso país, nomeadamente, bacalhau, arroz de tamboril e arroz de marisco, para referir só alguns”.
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Actualmente com 69 anos, Luís Silva não fuma, não bebe, faz uma vida calma e cuida muito bem do seu aspeto físico por influência de dois preparadores que muito aprecia, “o setubalense Martins Ventura e o professor Ortega, do Atlético de Madrid, que trabalha com o Simeone, fiz lá um estágio de uma semana e fiquei deslumbrado”, realçou.
E, em jeito de remate final, deixou em aberto a possibilidade de aceitar um novo projeto, noutro país. “Tenho um orgulho muito grande por ser o único treinador português a trabalhar na Alemanha e de ter obtido quatro títulos naquele país mas estou em vias de aceitar um projeto para trabalhar na Croácia, embora nesta altura a minha alma, o meu coração e a minha cabeça estejam apenas nesta equipa alemã”.



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