Decisão partiu da sua iniciativa ...
“O ALMADA FOI UMA GRANDE MONTRA E UMA ETAPA MARCANTE NO MEU PERCURSO”
Treinador, de 40 anos, tem outro projeto que só poderá ser divulgado depois de ser apresentado oficialmente pelo novo clube.
O nosso jornal falou com o treinador a quem colocou algumas questões na tentativa de saber mais pormenores sobre a sua saída do clube e ficámos a saber que há outro projeto que ainda não pode ser divulgado porque ainda não foi apresentado oficialmente.
A sua passagem pelo Almada foi uma experiência super gratificante e enriquecedora. “A 1.ª Distrital vai ser uma competição extremamente competitiva e interessante, mas senti que este era o momento certo para arriscar”, confidenciou ao nosso jornal.
De quem partiu a decisão, Serginho?
Este foi de facto o meu último jogo ao comando do Almada Atlético Clube, fechando assim um ciclo que terminou com uma vitória difícil e saborosa. Foi uma decisão muito ponderada e que partiu da minha iniciativa. Cheguei ao clube num contexto cheio de incertezas e ao longo destes meses vivemos momentos desafiantes, que apenas unidos conseguimos superar. O Almada foi, sem dúvida, uma grande montra e uma etapa marcante no meu percurso. Agora surgiu uma oportunidade que não quis deixar passar, pois acredito que será mais um passo importante no meu crescimento enquanto treinador.
Pode saber-se qual foi a razão?
A razão desta decisão prende-se com a ambição que tenho enquanto pessoa e treinador. Quero evoluir, investir na minha formação e desafiar-me em contextos nacionais, consciente de que será um caminho exigente e difícil. Sou apaixonado por este desporto e quero dar o meu contributo da melhor forma possível. Trabalhar num campeonato nacional poderá abrir outras portas e esse desafio é, para mim, muito apelativo. Tenho a noção de que a 1.ª Distrital será um campeonato extremamente competitivo e interessante, mas senti que este era o momento certo para arriscar e dar este passo.
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É verdade, por vezes o nosso caminho tem estas situações caricatas, sou nascido e criado na Arrentela, desde os meus cinco, seis anos, sempre fui um menino do clube, comecei a jogar no clube na altura com oito anos, iniciei aqui o percurso de treinador depois de tirar o curso. O Atlético Clube de Arrentela sempre será um clube especial para mim, mais uma vez apadrinhou um momento que perdurará na minha memória e coração, pois foi a despedida da minha primeira experiência enquanto treinador de uma equipa de futebol sénior. Joguei duplamente em casa.
Qual o balanço que faz da sua passagem pelo Almada?
Como disse há pouco, iniciámos a época na incógnita, mas assim que conseguimos reestruturar a equipa passámos a ser um grupo super competitivo. Cheguei com a descida praticamente estampada na nossa testa, mas provámos que quando o futebol é jogado com paixão, dedicação e sacrifício, é possível alcançar resultados incríveis. Conseguimos jogar o jogo pelo jogo contra todos os adversários, sem nunca montar autocarros e sempre com uma identidade positiva. Isso trouxe reconhecimento, vários atletas foram contratados por clubes com outros objetivos, inclusive em ligas superiores. Esse facto enche-me de orgulho, porque quem faz a diferença dentro de campo são eles. Para mim, enquanto treinador, foi uma experiência super gratificante e enriquecedora. Sei que estou preparado para treinar ao nível sénior, pois sinto que deixei a minha marca no campeonato passado
E em relação ao seu percurso de treinador, quais são as perspetivas em relação ao futuro?
O futuro passa por trabalhar, estar no campo, sentir o pulso de um grupo e transmitir a paixão e o empenho a uma equipa. Até hoje não me posso queixar, desde que iniciei este trajeto há seis, sete anos atrás, nunca deixei de estar ligado ao futebol. De certa forma sinto-me abençoado por poder fazer aquilo que mais gosto, mesmo que, por vezes, a um nível amador. Mais cedo ou mais tarde haverá novidades, pois um próximo capítulo já se começa a desenhar. E estarei preparado para o abraçar com a mesma dedicação de sempre.
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