RACING POWER FC»» Nuno Painço deixou a presidência - JORNAL DE DESPORTO

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terça-feira, 1 de julho de 2025

RACING POWER FC»» Nuno Painço deixou a presidência

 A decisão é irreversível, foi tomada de forma pensada ...

 

  


“QUEM INVESTE TEM TODO A LEGITIMIDADE DE FAZER COM O SEU DINHEIRO O QUE ENTENDER”

 


 


Nuno Painço diz que só tinha duas opções, ou bloqueava e não sancionava as ideias propostas de quem investe e o clube parava, ou tomava a decisão que tomou para bem do clube

 

 

 


Nuno Painço, presidente do Racing Power Football Club desde a sua fundação, deixou recentemente de exercer o cargo com alguma surpresa devido ao bom trabalho realizado ao longo dos tempos tanto no futebol feminino de formação como a nível de Seniores.


    

 


Com Nuno Painço, sai também outro dos fundadores, o vice-presidente Pedro Sebastião. Mas, o que terá acontecido para esta saída inesperada, foi o que procurámos saber junto do próprio.



 


A sua saída do cargo de presidente do R Power causa alguma estranheza devido ao bom trabalho realizado. É uma decisão irreversível?

Sim, é uma decisão irreversível que foi tomada de forma pensada em prol do bem estar do clube. Quem investe tem todo o direito e legitimidade de fazer com o seu dinheiro o que bem entender, trabalhar com quem entender, pagar o que bem entender. Eu, enquanto presidente, sabendo que o clube vive e sobrevive do dinheiro investido, tinha duas opções. Ou bloqueava e não sancionava as ideias propostas de quem investe e o clube parava, ou tomava a decisão que tomei para bem do bom funcionamento do clube.

 

 

Quer explicar as razões que o levaram a deixar o clube?

O tempo dirá. Não queria entrar muito nas razões. Aquilo que posso transmitir é que foi uma decisão inteiramente minha, no enquadramento dos princípios da ética, da honra e da lealdade que me caracteriza, e que na maioria das vezes me trouxe sucesso, tanto nos 31 anos da minha vida profissional como nos 25 anos de movimento associativo, conforme transmiti na minha despedida.


 

Certamente sai com a noção do dever cumprido. Como analisa o trabalho desenvolvido pelo clube ao longo da sua curta existência?

Saio de consciência tranquila porque dei tudo de mim para o êxito que se alcançou nestes 5 anos. Dever cumprido era se tivesse conseguido ganhar um título com a equipa sénior no mais alto patamar do futebol feminino e classificar para as competições europeias. Foi um trabalho histórico de algumas pessoas que montaram um projeto do zero, e que triunfaram ano após ano. Não existem casos de estudo nenhuns que não seja o trabalho, a dedicação e a paixão de que quando se acredita e se trabalha bem, o sucesso é possível, e não como aqueles que veem o sucesso acontecer e tentam tirar proveito próprio, destruindo o que tanto custou a construir.

 

 

Alguns dos objectivos que tinha traçado para o clube ficam por concretizar. Não fica triste por isso?

É a vida. A única tristeza que fico é ter de deixar as minhas equipas da formação e todos os seus familiares.


 

 

E agora o que vai fazer, vai continuar ligado ao futebol feminino?

Primeiro vou tentar tirar alguns dias de férias e repor energias físicas e mentais. A minha vida toda tem sido servir, seja na Marinha, seja no movimento associativo, e, neste caso, a maioria das vezes em cargos de liderança. As pessoas veem em mim uma pessoa ambiciosa, perfeccionista, que não pára enquanto os objetivos não estiverem cumpridos. Recebi alguns desafios e convites durante o decorrer da época. No entanto, a minha vida profissional não me permite conciliar com certos projetos, em que tenha de estar de corpo e alma, como por exemplo ajudar a lançar o futebol feminino na Arábia Saudita ou ser candidato à presidência da AF Setúbal ou mesmo assumir algum cargo na FPF. São projetos extremamente desafiadores, talvez daqui a 4 anos quando passar à reserva me possa concentrar nos mesmos. Entretanto, vou estar atento e intervir sempre que achar necessário.

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