DESPORTIVO DE PORTUGAL»» Clube penalizado devido a problemas internos - JORNAL DE DESPORTO

Última hora...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DESPORTIVO DE PORTUGAL»» Clube penalizado devido a problemas internos


Presidente da Assembleia Geral anda
a ver a telenovela “Mundo ao Contrário”


Quem o diz é José Pedro Pereira, presidente da direcção que se encontra demissionária, tal como acontece com o Conselho Fiscal, desde Junho. A Presidente da Assembleia Geral e o Secretário, por incompetência, fecharam o clube e entregaram a chave ao Presidente da Junta de Freguesia. O problema ao que consta é grave e poderá ter que vir a ser resolvido na barra dos tribunais. Entretanto, para a sexta-feira, está marcada uma reunião magna que visa a criação de uma comissão de gestão.

Direcção e Conselho Fiscal
estão demissionário desde Junho

Com o intuito de fazer o ponto da situação e esclarecer o que na realidade se está a passar no Grupo Desportivo de Portugal, o presidente da direcção José Pedro Pereira, que se encontra demissionário juntamente com os restantes elementos do elenco directivo e também do Conselho Fiscal, deixou o seguinte comentário à notícia publicada pelo nosso jornal a propósito da não filiação do clube nas principais provas da Associação de Futebol de Setúbal, nomeadamente seniores, juniores, juvenis e infantis:
A verdade é que a Direcção e Conselho Fiscal pediram em Junho a demissão em bloco à mesa da Assembleia Geral, que até ao momento ainda não marcou a Assembleia geral pedida em Maio, pela Direcção, Conselho fiscal e pelos 5% dos associados. Não existe democracia e existindo boicote por parte da mesa, ultrapassando os estatutos e associados, não havia condições para continuar”.

No comentário feito, José Pedro Pereira afirma que “não existe, até ao momento, nenhuma comissão de gestão. A Presidente da Assembleia Geral e o Secretário, por incompetência, fecharam o clube e entregaram a chave ao Presidente da Junta, que não deveria ter aceitado mas sim incentivar a Presidente da Assembleia a marcar eleições [pelo facto de não haver Direcção, nem Conselho Fiscal] e não a marcar uma assembleia para dia 23 de Agosto pelas 21h00, para a criação de uma comissão de gestão. Pelos vistos anda a ver a telenovela «mundo ao contrário» porque desde Março que foi pedida uma assembleia geral e até agora nada”.

Já foi apresentada uma queixa-crime

Mas, para que a situação fique ainda mais clara José Pedro Pereira em declarações ao nosso jornal vai ao pormenor da questão e ao que consta o problema poderá ter que vir a ser resolvido na barra dos tribunais.
José Pedro Pereira passa então a explicar: “Após 17 anos de Grupo Desportivo Portugal acontecem coisas incríveis. Em Outubro de 2012 suspendemos o tesoureiro do clube por dúvidas, levantadas pela nossa contabilista: Em Outubro peço uma Assembleia Geral, que só foi marcada cinco meses depois, em 1 de Março, para discussão do relatório de contas e suspensão/demissão do tesoureiro, entre outros assuntos. A Assembleia Geral não chegou ao fim porque houve desacatos entre o tesoureiro e alguns associados, ficando o tesoureiro de apresentar contas, entregar dinheiro, facturas e as chaves do clube que tinha na sua posse, na terça-feira seguinte à assembleia, mas não compareceu. Posteriormente, solicitei uma cópia da acta da assembleia geral de 1 de Março, mas o livro tinha desaparecido e como tal, eu como presidente e a Direcção, apresentámos queixa em tribunal”.

Boicote ao trabalho da direcção

Mas, como é que a situação foi despoletada. José Pedro Pereira contou então que tudo começou há seis anos atrás.
“Em 2007 estava a tratar de um apoio para a compra de uma carrinha de 9 lugares com o Ministério da Segurança Social. O apoio veio a acontecer em Março de 2013. Passei então um cheque no valor de 28.455.29 euros, dado pelo Ministério, mas o mesmo cheque veio para trás por não ter a assinatura do tesoureiro, que na altura não foi substituído porque a assembleia não terminou. Deveria então ter sido marcada outra assembleia para os próximos 15 dias para regularizar a situação porque a assinatura que constava era a minha e a do presidente do conselho fiscal quando na realidade deveria ser por dois directores sendo um deles obrigatoriamente o tesoureiro que já não existia. Pois bem, fazendo eu e o outro parte da conta passamos cheques no valor de 500€ para pagamentos a fornecedores e para a Associação. O banco nunca nos chamou a atenção, pelo cheque de 28.455,29 euros mas a confiança não era a mesma. A verdade é que sem a acta de substituição do tesoureiro a Caixa Geral Depósitos não aceita o cheque que passámos ao stand da Mitsubishi da Moita e a carrinha ficou lá estacionada desde Março, à espera do dinheiro, com o apoio de 1500€ da Câmara Municipal da Moita e 500€ da Junta de Freguesia de Vale da Amoreira, depositados no Banco. É evidente que considero isto como um boicote ao trabalho da direcção. Depois da Direcção, Conselho Fiscal e 5% dos sócios terem solicitado em Maio uma Assembleia Geral, a senhora presidente não marcou e agora vai marcar uma para dia 23 de Agosto para a criação de uma Comissão de Gestão, quando na realidade deveria ser para marcação de eleições e então sim no caso de não haver lista, a criação de uma comissão de gestão. Neste momento, o clube está fechado e as chaves foram entregues na Junta de Freguesia. Eu, pessoalmente, apresentei queixa-crime em tribunal".

Direcção deixou tudo pago

José Pedro Pereira fez ainda questão de dizer que “a direcção deixou tudo pago, ficando apenas com a dívida que se estava a pagar em prestações, à AF Setúbal [a quem agradecemos todo o apoio que a mesma deu ao clube], relativa à época passada. Situação completamente diferente daquela que encontrei quando tomei posse em Outubro de 2011 onde a dívida a fornecedores e Associação ascendia a 8,600€, sendo 1750€ de água à Câmara da Moita [que no momento está a ser paga em prestações] e onde se incluía a compra de telemóveis para treinadores, directores e contabilidade no valor de 500€, entre outros. Só não aram pagos os telemóveis e as chamadas no valor de 1500€ por se tratarem de mordomias".
José Pedro Pereira lamenta o sucedido porque “quem fica prejudicado são os jovens do Vale da Amoreira. O clube fica e os directores passam. Criticar quem trabalha é fácil, o difícil é criticar quem nada faz. Viva a liberdade, viva a democracia!"

Post Bottom Ad

Responsive Ads Here