COVA DA PIEDADE»» Sérgio Bóris e o jogo na Malveira - JORNAL DE DESPORTO

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sábado, 10 de janeiro de 2015

COVA DA PIEDADE»» Sérgio Bóris e o jogo na Malveira

Conduzimos a semana procurando soluções para a vitória...

“AS LIMITAÇÕES SÃO MUITAS MAS A NOSSA AMBIÇÃO É GRANDE”

O Cova da Piedade, que no início da época traçou como objectivo principal assegurar a manutenção o mais cedo possível, está, nesta altura, quando faltam disputar apenas duas jornadas para o final da primeira fase, envolvido na luta pela conquista dos dois primeiros lugares que não só garantem a continuidade na prova na próxima época como também possibilita o apuramento para o play-off de promoção.

Os comandados de Sérgio Bóris têm vindo a realizar uma época fantástica, muito acima das expectativas, e não fosse aquela série de resultados menos conseguidos provavelmente ainda estariam numa situação mais privilegiada. Mas, o futebol é mesmo assim…

Com efeito, a equipa tem os mesmos pontos do Casa Pia mas encontra-se em terceiro lugar porque os casapianos têm melhor goal-average [três golos de diferença]. Contudo, ainda nada está perdido porque na próxima jornada o 1.º Dezembro [1.º classificado, com mais cinco pontos] recebe precisamente o Casa Pia. O mesmo será dizer que, se o C. Piedade ganhar na Malveira e o Casa Pia não vencer em Sintra, o segundo lugar fica na sua posse do Cova da Piedade e a decisão adiada para a última jornada onde o C. Piedade recebe exactamente o 1.º Dezembro, que muito provavelmente já estará apurado.

O campeonato está efectivamente ao rubro e tudo pode acontecer até mesmo a saída de Sérgio Bóris que está a ser assediado para treinar o Petrolul Ploiest, actual terceiro classificado da 1.ª Divisão da Roménia que é liderado pelo Steaua de Bucareste, seguido do Cluj. O clube, onde actuam os portugueses Geraldo e Filipe Oliveira e o brasileiro Peçanha, está a atravessar uma grave crise financeira devido à detenção do seu presidente por evasão fiscal e está sem treinador principal, daí a hipótese de Sérgio Bóris rumar para aquele país.

Aproveitando este momento empolgante do campeonato e a incerteza quanto à continuidade do técnico na Cova da Piedade, o nosso jornal foi ao encontro de Sérgio Bóris que falou sobre o assunto de forma franca e aberta como aliás é seu timbre.

“Podemos nem sequer ter três opções seniores para apresentar no banco”

A primeira fase do campeonato está a aproximar-se do fim e o C. Piedade está envolvido na discussão dos dois primeiros lugares. Embora não tenha sido esse o objectivo inicial, pergunta-se, e agora que tem essa possibilidade não vai querer aproveitá-la?
Querer quero/queremos, mas a tarefa não se apresenta fácil, pelos mais variados motivos, adversário forte, que joga na sua casa, e nós bastante limitados quanto às opções existentes. Neste momento, podemos nem sequer ter três opções seniores para apresentar no banco. No entanto, há uma coisa que ninguém nos vai roubar, que é ambição e, seja com que jogadores for, a capacidade de lutar por cada lance até ao final do jogo. Depois, no final logo veremos se chega...

“Não há nenhuma equipa que não tenha a sua quebra e nós não fugimos a regra”

Depois de uma fase muito boa a equipa passou por uma fase negativa que culminou com quatro derrotas consecutivas mas no passado domingo aconteceu o regresso às vitórias é com esse espírito [de vitória] que vai encarar os dois últimos jogos?
O espírito de vitória sempre esteve presente, mas não há nenhuma equipa que não tenha a sua quebra, e nós não fugimos a regra. Agora, o que sinto e o que sei é que muitas coisas também aconteceram no nosso dia/dia que em nada contribuíram para que essa quebra fosse pelo menos camuflada. Mas, falar sobre isso soará sempre a desculpas por isso quando ganhamos a vitória é de todos, quando perdemos a responsabilidade é minha. "O hábito faz o monge" e eu e as pessoas que trabalham comigo já nos habituámos a viver com estas regras. Que fique claro, não concordamos com elas, não acreditamos que seja assim em todo o lado, mas respeitamos e enquanto cá estivermos a única que garanto é que no futuro o clube poderá arranjar uma equipa técnica mais competente, mas em relação à disponibilidade, envolvimento e profissionalismo o máximo que poderão arranjar é alguém que dê tanto como nós, porque mais acho difícil.

“Durante três semanas andámos a jogar com o Pedro Alves, com o Rosa e com o Bulhão a 50%”

Com a saída recente de alguns jogadores e a lesão de outros o leque de opções ficou mais reduzido. Isso afectou ou está a afectar o normal funcionamento da equipa?
Sem Sócrates e Ibra, que saíram para Angola; sem Sandro, com uma rotura no cruzado anterior; sem França, com um estiramento grave no ligamento lateral do joelho; sem André, que fracturou o escafóide; sem Kiko, que foi agora duas semanas para o estrangeiro trabalhar; sem Nuno Gomes, nas próximas três semanas; e sem David Pinto, que por achar que a sua qualidade era demasiado elevada para os minutos que fez, resolveu sair E o mais giro, em relação ao David, é que estamos a falar de um jogador que sempre que esteve a 100%, coisa que não aconteceu muitas vezes, só não foi titular em dois jogos. Juntando a isto, conto-lhe que durante três semanas andámos a jogar com o Pedro Alves, com o Rosa e com o Bulhão a 50%. E, aproveito a oportunidade para agradecer a dedicação e o "profissionalismo" dos três. Resumindo estamos a falar de oito jogadores que não são opção, alguns dos quais há já muitas semanas. Portanto, quanto à sua pergunta parece-me que a resposta é clara.

“Nos últimos meses têm perguntado pela nossa disponibilidade para este ou aquele clube”

No jornal A Bola saiu uma notícia que fala da hipótese de ir para a Roménia ou até mesmo para um clube da II Liga. O que é que existe de concreto?
Nos últimos meses têm aparecido algumas pessoas que, devido ao nosso trabalho, me ligam perguntando a nossa disponibilidade para este ou aquele clube caso a oportunidade surja. Esta é mais uma situação dessas. No entanto, e respondendo mais directamente à sua pergunta, o que lhe digo é que de concreto o que tenho é a escola onde sou professor, a academia onde sou coordenador e o Cova da Piedade onde sou treinador. Esta é que é a minha realidade e é nessa que estou 100% empenhado, ser um bom professor, ser coordenador competente e ser um treinador completamente envolvido com o seu plantel, para juntos atingirmos os objectivos a que nos propusemos. Como alguém uma vez me disse, o resto... o resto é o resto...

E domingo na Malveira, como vai ser?
Domingo na Malveira vamos com os que temos, tal com na semana passada também fomos com os que tínhamos. Se vai ser suficiente para ganhar não sei, mas que tudo faremos para que tal aconteça, disso não tenho a mais pequena dúvida. Conduzimos a semana procurando soluções para a vitória e não justificações para a derrota. Portanto, com todo o respeito que temos pelo adversário, vamos à Malveira com um único pensamento: ganhar!


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