AMORA»» Entrevista ao presidente da direcção - JORNAL DE DESPORTO

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terça-feira, 4 de outubro de 2022

AMORA»» Entrevista ao presidente da direcção

Paulo Cunha Cavaco…


“QUEREMOS QUE A EQUIPA SÉNIOR REGRESSE À MEDIDEIRA MAS ISSO NÃO DEPENDE DE NÓS” 

 


Clube quer ter a certeza se há condições para a construção do novo estádio. Se não houver há que encontrar alternativas.




Paulo Cunha Cavaco, presidente da Direcção 
Paulo Cunha Cavaco, presidente do Amora Futebol Clube, em entrevista ao SETUBALENSE faz o balanço de 10 meses de mandato, aborda as relações com a SAD, fala do futebol feminino, revela a construção de um novo campo de futebol para a formação na Quinta da Princesa e faz o ponto da situação sobre o novo estádio..

 

“Sou sócio do Amora há 39 anos e adoro este clube como ninguém mas não estava nos meus planos vir a ser presidente do clube”. Diz que “estes 10 meses têm sido de muito trabalho” mas faz questão de salientar que “a direcção não é presidencialista porque é constituída por várias pessoas e todas elas têm as suas funções”.

 

E, mais especificamente recorda que “entrámos para o clube com a época desportiva já a decorrer, em 23 de Dezembro do ano passado, e a nossa grande preocupação foi garantir desde logo a sua conclusão e preparar a próxima”.


 


Todo o trabalho desenvolvido prossegue Paulo Cunha Cavaco, teve por base o equilíbrio financeiro. “O Amora não estava em dificuldade nesta vertente mas o nosso objectivo para os primeiros seis meses era estabilizar as contas porque queríamos honrar os compromissos assumidos para depois prepararmos a nova época sem grandes sobressaltos mas com equipas competitivas e com condições económicas para garantir a manutenção das infra estruturas que são fundamentais”.

 

O Amora Futebol Clube quer continuar a ser uma referência do futebol de formação na região e nesse sentido quer ter as melhores condições para ao seus atletas. Assim, nos próximos dias está prevista a reinauguração do novo sintético no campo n.º 2 e o investimento na aplicação das novas tecnologias que permitem que os técnicos tenham melhores ferramentas para trabalharem da forma mais conveniente os jovens atletas.

 

 

Campo de futebol na Quinta da Princesa

 

“O clube tem neste momento três campos de futebol destinados à formação mas o espaço começa a ser escasso devido à procura cada vez maior de jovens atletas. Era necessário termos mais um campo de futebol, mas temos que dar um passo de cada vez. O processo de construção do novo Estádio da Medideira vai envolver a troca de terrenos e o Amora vai ficar sem o espaço onde se encontra o campo n.º 3, onde treinam diariamente 100 atletas. Precavendo essa situação, em colaboração com a CM Seixal, o Amora enviou a sua candidatura para o PRR com vista à construção de um campo de futebol em terrenos da autarquia na Quinta da Princesa. O projecto ainda está numa fase de candidatura mas acreditamos que venha a ser aprovado”, refere o presidente que também não esconde o desejo de ver a equipa sénior jogar na Medideira.


 

Ponto da situação sobre o novo estádio

 



"Enquanto direcção, e como parceiros da SAD, queremos que a equipa sénior regresse à Medideira porque é ali que os sócios se sentem bem mas isso não depende de nós mas sim de outras entidades, nomeadamente da Federação Portuguesa de Futebol que impõe cada vez maiores exigências. Fizemos recentemente uma intervenção no relvado e na própria infra-estrutura mas continua a haver condicionantes a nível da iluminação, condições para a comunicação social e a existência de materiais que já não podem estar junto das pessoas. Portanto, queremos trazer o Amora para a Medideira mas sabemos que não vai ser fácil”, realçou Paulo Cunha Cavaco que espera ansiosamente por notícias sobre o novo estádio.

 

“O timing dado ao Pingo Doce para resposta ao parecer técnico terminou em Setembro e nós já pedimos uma audiência à Câmara Municipal para sabermos o ponto da situação e saber também se podemos avançar com a assinatura da escritura para a troca de terrenos. Queremos igualmente ter a certeza se há condições para avançar com a construção do estádio e se não houver quais as alternativas possíveis. O objectivo desta direcção é trazer o Amora para a Medideira, esperamos que a CM Seixal nos ajude a encontrar uma solução”, deixou bem vincado o presidente da direcção.

  

 

Manutenção na Liga BPI

 


O futebol feminino foi também tema da nossa conversa e Paulo Cunha Cavaco sem rodeios começou por dizer: “sempre primámos pela transparência. Quando entrámos e nos deparámos com dificuldades de tesouraria tivemos que tomar medidas que ninguém gosta de tomar. Fomos acusados de querer acabar com o futebol feminino mas isso nunca esteve em cima da mesa. O que queríamos era no final de cada mês honrar os compromissos assumidos anteriormente. Nesse sentido, tivemos que fazer uma redução orçamental de 25% nos salários, foi uma medida impopular mas teve que ser feita porque isso permitiu começar a perspectivar a nova época, sabendo de antemão que não iríamos ter a mesma capacidade financeira”.  

 

E, prosseguindo, adiantou: “A Liga BPI está a ter um grau de exigência cada vez maior e a competitividade orçamental é muito elevada indo de encontro àquilo que se pretende, a formação de um campeonato de elite mas o Amora conhece bem a realidade e sabe muito bem até onde pode ir, a nossa capacidade financeira só dá para lutar pela manutenção. Mas uma coisa é certa, a equipa que construímos tem uma larga margem de progressão e é composta por atletas que dão tudo em campo, como se tem visto”.

 

No remate final Paulo Cunha Cavaco fez questão de frisar que “o coração do Amora é a sua formação e nós queremos que ele seja muito forte. Assim, o objectivo para este ano é elevar na certificação o número de estrelas do futebol feminino para quatro, continuar com as mesmas quatro no futebol masculino e acima de tudo ter um clube equilibrado financeiramente”.

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