TAÇA DE PORTUGAL»» C. PIEDADE 0 GIL VICENTE 0 (3-4, após penaltis) - JORNAL DE DESPORTO

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domingo, 10 de novembro de 2013

TAÇA DE PORTUGAL»» C. PIEDADE 0 GIL VICENTE 0 (3-4, após penaltis)

Piedenses saem de cabeça bem erguida…

Guarda-redes do Gil Vicente foi a grande figura do jogo

O Cova da Piedade com uma exibição muito bem conseguida esteve mais uma vez à beira de fazer história na Taça de Portugal. Caleb, guarda-redes do Gil Vicente, foi aquilo a que se pode chamar um desmancha-prazeres ao assumir o protagonismo do jogo primeiramente no decorrer ainda do prolongamento (117’) ao executar duas defesas espectaculares na mesma jogada a remates de Chiquinho e Jessy que levavam o selo de golo e depois já na lotaria dos penaltis ao defender também duas grandes penalidades cobradas por Chiquinho e Dieb. Se a equipa de Barcelos conquistou o passaporte para os oitavos-de-final muito tem que agradecer ao australiano que na época passada representou o V. Setúbal.


O dia era de festa porque o Cova da Piedade não defrontava uma equipa da 1.ª Divisão há 29 anos e isso fez com que muita gente se deslocasse ao Estádio Municipal José Martins Vieira para assistir ao encontro. E, na verdade, quem lá foi não deu por mal empregue o seu tempo porque presenciou um bom espectáculo de futebol onde, apesar da diferença de escalão, a equipa da casa não foi em nada inferior ao seu adversário.


C. Piedade domina 1.ª parte

Na primeira parte, de forma algo surpreendente, o Cova da Piedade tomou conta do jogo e ganhou quatro pontapés de canto no primeiro quarto de hora. Por volta dos 20 minutos, o Gil Vicente conseguiu equilibrar mas não criava grande perigo ao contrário da equipa piedense que quase marcava, aos 39 minutos por Sandro, com um remate que fez a bola sair muito próximo do poste e aos 43’ na cobrança de um canto cobrado por Tiago Meira.




2.ª parte mais dividida

Na segunda parte, o Gil Vicente puxou dos galões entrou a jogar mais rápido, tornou-se mais perigoso e no espaço de três minutos atirou duas bolas ao poste, por Avto (47’) e Simy (50’). Com uma atitude digna de registo, uma grande organização defensiva, muita entreajuda na zona do meio campo e com jogadores rápidos na frente, a equipa comandada por Sérgio Bóris conseguiu reagir e quase chegava ao golo por Jessy que chegou um tudo nada atrasado a um cruzamento de Sandro. O jogo estava mais dividido e aos 81 minutos foi a vez de João Marreiros brilhar a negar o golo a João Vilela. Já em período de compensação Avto é expulso e o Gil Vicente fica reduzido a 10 unidades.



Instinto de Caleb salva Gil Vicente

No prolongamento, mesmo em inferioridade numérica, a equipa de Barcelos tentou assumir o comando do jogo mas quem acabou por estar por cima foi o C. Piedade que dispôs das melhores oportunidades para marcar sendo as mais flagrantes evitadas pelo instinto de Caleb, aos 117 minutos, quando o Gil Vicente jogava apenas com 9 jogadores, por expulsão de Vítor Vinha (115’). Ainda antes de terminar, mais duas ocorrências; a expulsão de Hugo Rosa (119’) e outra bola atirada ao poste por Paulinho, do Gil Vicente.





SERGIO BÓRIS, treinador do C. Piedade

“Os jogadores foram enormes
em termos de atitude competitiva”

Fico com algum amargo de boca mas isso não significa que o resultado tenha sido uma injustiça. Se tivéssemos ganho penso que seria justo mas a vitória do Gil Vicente também me parece aceitável porque o jogo teve momentos em que tivemos alguma superioridade e outros momentos em que eles estiveram melhor. Em Portimão disse que os jogos se ganham também nas grandes penalidades e agora não mudo uma vírgula ao que disse nem altero o discurso porque os jogos também se perdem nas grandes penalidades. Há que saber viver com isto. Mas, acima de tudo, há que deixar uma palavra aos jogadores que me parece que em termos de atitude competitiva foram enormes e em termos de qualidade individual e colectiva estivemos a um nível elevadíssimo. Pelas várias observações que fizemos ao Gil Vicente não me lembro de ver muitas equipas na 1.ª Liga que tenham criado tantas dificuldades como nós, neste jogo”.



JOÃO DE DEUS, treinador do Gil Vicente

“Se o C. Piedade tivesse passado
seria um prémio merecido”

Disse aos jogadores que tínhamos que respeitar a competição e o adversário e foi o que fizemos. O C. Piedade demonstrou qualidade e o campo também nos condicionou um pouco, mas já estávamos à espera disso. Se não tivéssemos sido tão sérios, não tínhamos passado esta eliminatória. Creio que foi um bom espectáculo porque houve muita emoção. Se o C. Piedade tivesse passado esta eliminatória seria um prémio merecido pelo empenho que teve. A nossa estratégia passava por entrar muito forte no jogo e na verdade assim foi, só que o adversário ainda foi mais forte que nós. Na primeira parte sentimos mais dificuldade que na segunda mas isso nada teve a ver com falta de atitude da nossa parte. É evidente que estou muito satisfeito por ter passado mas se não tivesse conseguido isso estava satisfeito na mesma porque os jogadores do Gil tiveram uma postura digna e foram sérios”.


FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio Municipal José Martins Vieira, na Cova da Piedade
ÁRBITRO: Rui Silva (Vila Real), auxiliado por José Lima e Paulo Ramos

C. PIEDADE: João Marreiros; Rúben Nunes, Gaspar, Bráulio, Tiago Meira (Serginho, 95’); Milton, França, Sandro (Chiquinho, 88’); Carlos Carvalho (Dieb, 71’); Hugo Rosa e Jessy.
Suplentes não utilizados: Tiago Jorge, Filipe Rodrigues, Edimir e Flávio Silva.
TREINADOR: Sérgio Bóris

GIL VICENTE: Caleb; Eder, Halisson, Danielson, Vítor Vinha; Leandro Pimenta, Pecks (João Vilela, 75’ e Gabriel, 100’), Vítor Gonçalves; Brito, Simy (Paulinho, 65’) e Avto.
Suplentes não utilizados: Adriano, Luís Martins, César Peixoto e Nelson Agra.
TREINADOR: João de Deus

Ao intervalo: 0-0
No final dos 90 minutos: 0-0
No final do prolongamento: 0-0

Marcadores dos penaltis: Chiquinho (guarda-redes defendeu); Paulinho (0-1); Ruben Nunes (1-1); Halisson (1-2); Serginho (2-2); Éder (2-3); França (3-3); Leandro Pimenta (3-4) e Dieb (guarda-redes defendeu).
Disciplina: cartão amarelo para Avto (13 e 90+1’); Vítor Vinha (27 e 115’); Pecks (55’); Bráulio (59’); Halisson (78’); Gaspar (93’); cartão vermelho a Avto (90+1’) e Vítor Vinha (115’) ambos por acumulação; Hugo Rosa (119’), directo.

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