LAGAMEÇAS»» Foi uma agradável surpresa no Torneio Complementar - JORNAL DE DESPORTO

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segunda-feira, 18 de junho de 2018

LAGAMEÇAS»» Foi uma agradável surpresa no Torneio Complementar



Nuno Chagas vai passar o testemunho a Nuno Couto…

“A PARTIR DO MOMENTO EM QUE COMEÇÁMOS A JOGAR NO NOSSO CAMPO TUDO SE MODIFICOU”

A equipa de futebol do Grupo Desportivo de Lagameças não teve uma época nada fácil mas no fim acabou por ser uma agradável surpresa no Torneio Complementar de Seniores.

As obras relativas à colocação do piso sintético no Campo Adelino Cais Esteves [que hoje é uma realidade] obrigaram a equipa a fazer praticamente todos os jogos da primeira fase do campeonato fora de casa facto que pesou bastante no rendimento dos jogadores e como se isto não bastasse há ainda a registar a particularidade da equipa ter tido três treinadores ao longo da época; Hugo Mira que saiu ainda antes de a época começar para abraçar outro projecto na AF Évora; João Nicolau, que foi convidado para ingressar no V. Setúbal; e, por fim, Nuno Chagas que vai passar o testemunho a Nuno Couto [seu adjunto] em virtude de ter colocado um ponto final na sua carreira de treinador por razões de ordem pessoal.


Ponto final em 18 anos de carreira

“A este nível não ganhamos dinheiro para fazer da vida a carreira de treinador e como a minha família vai crescer fico sem condições para continuar. Quatro vezes por semana no clube é muito. Não posso ser pai em part-time”, disse Nuno Chagas ao nosso jornal no final do jogo que a sua equipa disputou no Estádio do Bravo, com o Seixal.

“Comecei muito cedo, aos 18 anos, aos 19 já tinha o curso de treinador e, depois, ainda tirei mais dois. Foi uma carreira de 18 anos que agora chegou ao fim. Como tenho dois filhos vou andar agora atrás deles e acompanhá-los nas suas equipas. Ou seja, vou viver o futebol de outra forma e também como adepto. Irei ver os jogos do Lagameças, serei mais um adepto ferrenho”, salientou.

Em relação à época que agora terminou, Nuno Chagas é peremptório: “o balanço é muito positivo. Quando começámos, faltavam duas semanas para o início do campeonato, metade da equipa foi-se embora com o treinador. Tivemos que construir um plantel novo em duas semanas, adiar o primeiro jogo na AF Setúbal para conseguirmos ter jogadores e aproveitámos todos aqueles que apareceram. Jogámos a primeira fase do campeonato sempre fora de casa porque não tínhamos campo para jogar”, recordou Nuno Chagas.


“Chegámos ao último jogo a discutir o primeiro lugar”

“Eu entrei em Janeiro, estávamos em último lugar no campeonato e foi nele que ficámos mas na altura eu disse aos jogadores que não vinha só para cumprir calendário e que os últimos jogos do campeonato seria a pré-época para o Torneio Complementar e, felizmente, tudo correu bem porque chegámos ao último jogo a discutir o primeiro lugar. Foi muito bom para um clube como o Lagameças”.


Andar com a casa às costas complicou bastante a tarefa dos jogadores porque “fizemos todos os jogos fora de casa na primeira volta e na segunda jogámos sempre numa casa [Jardia] que não era a nossa. Treinávamos num campo de futebol de 7 em Setúbal, onde não havia condições para criar uma dinâmica de jogo e um colectivo forte. A partir do momento em que começámos a jogar no nosso campo tudo se modificou com a equipa a conquistar um número considerável de pontos que é recorde desde que o actual presidente [Edgar Curado] está à frente do clube”.

Sobre o último jogo do campeonato Nuno Chagas disse que “neste jogo realizado no Seixal tivemos várias condicionantes, como já havia acontecido noutras situações. Nos últimos jogos, jogámos com jogadores aleijados e muitas vezes só com um guarda-redes. Mesmo a ganhar, como estávamos, não foi fácil segurar e manter o grupo mas lá conseguimos levar o barco a bom porto”, rematou.

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