U. SANTIAGO»» Qualquer paragem tem os seus efeitos adversos - JORNAL DE DESPORTO

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domingo, 22 de março de 2020

U. SANTIAGO»» Qualquer paragem tem os seus efeitos adversos

Luís Raposo, presidente do clube, não está muito optimista....

“PELO QUE SE PERSPECTIVA NÃO É EXPECTÁVEL O REINÍCIO DOS CAMPEONATOS”

A AF Setúbal deve tomar medidas em consonância com os  clubes e com os seus interesses para que ninguém seja prejudicado.



Em entrevista ao nosso jornal o presidente do clube alentejano diz que em termos financeiros os efeitos não são muito negativos porque “se não há receitas também não há despesas” e adianta que “a grande perda é a ausência da actividade desportiva”.

Luís Raposo abordou também a carreira menos boa da equipa de futebol sénior que tem capacidade para se manter na 1.ª Divisão Distrital e por fim apelou à união e solidariedade entre todos, deixando uma mensagem de esperança em relação ao futuro.   

Quais os efeitos que o Covid-19 está a causar no U. Santiago?
Qualquer paragem, suspensão de actividade, tem os seus efeitos adversos e contraproducentes, nomeadamente financeiros, como a redução de receita, desportivos, como a inactividade de competição, causando nos atletas perda de rotina competitiva e forma física. No entanto também existe a outra face da questão, que é a redução de despesas, que permite equilibrar a balança financeira do clube, nomeadamente, a inexistência de taxas de jogos, policiamento, despesas com subsídios a jogadores, com deslocações, para além de outros custos inerentes à actividade desportiva. Em termos financeiros o União SC, não tem grandes perdas, muito pelo contrário, não há receita mas também não há despesa que seja superior à receita. No entanto a grande perda e aspecto negativo é a ausência de actividade desportiva e competitiva para o clube e para os atletas.



O clube transmitiu alguma mensagem aos seus jogadores quando comunicou a suspensão das provas?
Sim, teve-se a preocupação imediata de informar todos os atletas, através das suas equipas técnicas e dos canais oficiais do clube, nomeadamente através da sua página social Facebook. Houve também a preocupação em divulgar o Comunicado Oficial da AF de Setúbal sobre a suspensão dos campeonatos, bem como as medidas preventivas perante o Covid19.

Tem havido algum plano de trabalho para os jogadores manterem a sua forma física?
Foi dada a indicação pelos treinadores aos jogadores de todos os escalões, orientações no sentido de exercitarem e manterem a actividade física, de forma a não haver uma quebra física muito acentuada.

Qual a sua opinião sobre os campeonatos e o que poderá vir a acontecer?
Em minha opinião o quadro competitivo está terminado. Pelo que se perspectiva até ao final de Maio, não é expectável o reinício dos campeonatos. Penso que a melhor solução para todos os clubes, é a AF de Setúbal como entidade responsável e organizadora de todo o quadro competitivo Distrital, tomar medidas em consonância com os clubes, que vá de encontro aos interesses dos clubes sem prejuízo dos mesmos, ou seja, encontrar soluções equilibradas e justas para todos. Tenho uma opinião muito particular sobre esta matéria.


Pré-época conturbada


O U. Santiago tem andado pelo fundo da tabela e ainda não está livre de perigo. Por que razão isto aconteceu?
O União SC passou por uma fase conturbada no início da pré-época desportiva. Tínhamos um plantel praticamente concluído, forte e com qualidade, mas com a saída de Pedro Duarte do comando da equipa e cumulativamente com a saída de jogadores, criou-se uma lacuna de treinador e jogadores que teve de ser resolvida no imediato, muito perto do início do campeonato, que originou uma corrida contra o tempo, para recuperar e recuperar o plantel dentro das possibilidades logísticas e financeiras do clube. Obviamente que estes constrangimentos, criaram instabilidade no seio da equipa o que levou com que o início do campeonato não fosse da melhor forma. Aliado a esta situação, tivemos também falta de sorte, fizemos bons jogos, os jogadores correspondiam em campo, mas faltou eficácia na finalização, oportunidades que a equipa não conseguiu aproveitar, tudo consequência da instabilidade e do desespero da falta de resultados positivos vivenciada pelos jogadores. No entanto, temos um plantel modesto, com qualidade demonstrada em campo e com capacidade para militar na 1.ª Divisão Distrital.

Quer deixar alguma mensagem ou acrescentar algo mais ao que foi dito?
Neste momento particular e difícil para todos nós e em especial para os clubes, dirigentes, equipas técnicas, atletas e seus familiares, quero deixar uma mensagem de esperança, confiança e de serenidade perante este momento crítico que estamos a viver, apelando a todos à união e solidariedade, colocando as nossas divergências de lado e centrar os nossos esforços no combate a esta pandemia, para que possamos voltar ao activo da nossa actividade social e desportiva. À AF de Setúbal, peço apenas responsabilidade social para com os seus associados, os clubes.

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