GINÁSIO DE CORROIOS»» Entrevista ao treinador Nuno Casimiro - JORNAL DE DESPORTO

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

GINÁSIO DE CORROIOS»» Entrevista ao treinador Nuno Casimiro

 

   

Este é um campeonato para esquecer …

 

“O TRABALHO QUE DESENVOLVEMOS VAI TODO POR ÁGUA ABAIXO”

 

 

As constantes paragens no campeonato são bastante negativas para os jogadores devido à falta de competitividade que lhes retira a “pica” do fim-de-semana 

 

 


O Ginásio Clube de Corroios, actualmente classificado em 11.º lugar com seis pontos conquistados em quatro jogos realizados, com duas vitórias e duas derrotas, considera que este é um campeonato para esquecer devido às constantes paragens que tem sofrido.

 

Em entrevista ao nosso jornal, o treinador Nuno Casimiro fala na perda de competitividade e na desmotivação dos jogadores que por vezes faltam aos treinos por saberem que não vai haver jogo ao fim de semana. E, justifica a sua ideia referindo que o clube esteve quatro semanas sem jogar, agora fez um jogo, mas só volta a competir no dia 10 de Janeiro.


 

 

Como está a decorrer este campeonato meio esquisito para o Ginásio Corroios?

 

É como se fosse um campeonato disputado num ano zero porque tem muitas paragens e o trabalho que desenvolvemos vai todo por água abaixo, devido à falta de competitividade causada pelo adiamento de muitos jogos. No nosso caso estivemos quatro semanas parados. É evidente que vamos tentar amealhar o número máximo de pontos mas este é um campeonato para esquecer. Basta ver que as equipas que estão na frente são aquelas que têm feito mais jogos seguidos.

 

 

Trabalhar assim não é fácil para o treinador mas também não é nada bom para os jogadores…

 


Para os jogadores é efectivamente muito mau porque os desmotiva e origina alguma falta de comparência aos treinos. Isto é muito complicado para desenvolvermos o nosso trabalho e também para os jogadores porque lhes falta aquela “pica” do fim-de-semana, porque o que eles querem é jogar. É muito complicado um treinador motivar os jogadores nestas condições. Quando entrámos no campeonato já sabíamos que iríamos ter muitas dificuldades, por isso não nos podemos queixar muito. Vamos ver daqui para a frente como vai ser mas as perspectivas não são muito animadoras. Não conseguimos fazer dois jogos seguidos, é muito complicado. No nosso caso, estávamos a atravessar uma boa fase, perdemos em Alcochete sem merecer, mas a equipa estava bem e de um momento para o outro ficámos quatro semanas sem jogar e isso reflectiu-se no jogo com o Lagoa da Palha.

 

Lagoa da Palha que causou alguma surpresa, sobretudo na primeira parte porque o jogo chegou ao intervalo com o resultado em 2-2…

O Lagoa da Palha fez neste jogo dois golos quando nos outros quatro só tinha feito um. Por aqui se vê as dificuldades que sentimos devido à falta de competitividade. Na primeira parte a equipa estava ansiosa por fazer golos e nada saía bem. Se chegasse ao fim connosco a ganhar por 6 ou 7 não era milagre nenhum e vimo-nos aflitos para vencer o jogo. Em situação normal nunca teria sofrido dois golos contra esta equipa mas o futebol tem destas coisas.

 

E daqui para a frente o que se espera?

Este ano vai ser sempre assim, temos que preparar os jogadores para isso. Depois de termos estado quatro semanas parados, fizemos um jogo e agora só voltamos a jogar no dia 10 de Janeiro; ou seja, voltamos a parar mais três semanas, isto torna tudo muito complicado. No início da época, antes do campeonato começar, eu fui defensor que não deveria haver campeonato mas sim um período de reflexão. Esperemos que no futuro não haja grandes problemas e que não aconteça nada de grave para bem de todos nós, treinadores e jogadores e toda a malta que anda na bola.

 

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