U. SANTIAGO»» Ainda acredita na manutenção - JORNAL DE DESPORTO

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quarta-feira, 22 de junho de 2022

U. SANTIAGO»» Ainda acredita na manutenção

Luís Raposo, presidente da direcção explica porquê…


 

“O CAMPEONATO AINDA NÃO FOI HOMOLOGADO É COMO NÃO TIVESSE TERMINADO


 

Se a situação do Cova da Piedade ocorrer antes da homologação da classificação da 1.ª Divisão Distrital, o União Sport poderá não descer, dizem os alentejanos.

 

 

 


O União Sport Clube apostou forte no início da época com objectivos bem definidos mas as coisas não correram da forma desejada. Houve mudança de treinadores, a saída de jogadores nucleares e alguma instabilidade no seio da equipa que caiu na zona perigosa e não foi capaz de lá sair, apesar do esforço desenvolvido.


Terminou o campeonato na zona de despromoção mas em Santiago do Cacém ainda existe a esperança que o clube pode ficar na 1.ª divisão porque o campeonato ainda não foi homologado.


Luís Raposo, o presidente da direcção que se prepara para deixar o cargo, na entrevista que concedeu ao nosso jornal emitiu a sua opinião sobre o facto, fez o balanço da época desportiva e abordou o futuro.   


 

Como presidente do União Sport sente-se desiludido com a descida de divisão da equipa de futebol sénior?

Qualquer dirigente, seja de que clube for, deseja os melhores resultados e sucesso do seu clube e, eu, obviamente, fiquei desiludido com a suposta descida de divisão do União SC. Digo "suposta" descida porque ainda há esperança de podermos ficar na 1.ª Divisão. Enquanto a classificação não for homologada, no prazo de 30 dias após a última jornada, é como se o campeonato não tivesse terminado e até lá, se a decisão da FPF sobre a situação do Cova da Piedade ocorrer antes da homologação da classificação do Campeonato da 1.ª Divisão Distrital, o União poderá não descer. É certo que o Regulamento da competição refere que em caso de desistência ou saída de equipas da 1.ª Divisão, esses lugares são ocupados pelas equipas da 2.ª divisão. Esta regra é aplicável quando o Campeonato da 1.ª Divisão está concluído mas a conclusão com efeitos administrativos práticos não é após a última jornada do campeonato, mas sim com a homologação dos resultados. Caso as decisões ocorram após a homologação da classificação do campeonato da 1.ª Divisão, aí sim, aplicar-se-á o que está estipulado no regulamento, a subida de equipas da 2ª Divisão.

 

 


Foi uma época algo estranha para o U. Sport que formou uma equipa com algumas ambições que se foram desmoronando. Que explicação encontra para o sucedido?

Foi uma época incaracterística para o União SC. Iniciámos com um plantel de jogadores de qualidade reconhecida no futebol do distrito de Setúbal, as expectativas eram muito boas, mas não começámos bem o campeonato. Os resultados não eram positivos e isso criou alguma instabilidade na equipa e quando jogo após jogo as vitórias teimavam em aparecer, criou-se o estigma fantasmagórico dos maus resultados, o que ocasionou nervosismo, instabilidade e desilusão no seio da equipa. As razões podem ser várias, desde a metodologia de trabalho, falta de liderança, as mudanças de treinadores, o desgaste dos atuais dirigentes que se reflectia numa falta de acompanhamento mais assíduo à equipa. Mas, para mim a maior razão foi a fraca performance dos jogadores e opções técnicas que não foram as mais assertivas no aproveitamento das potencialidades dos jogadores.


 


No futebol sénior as coisas não correram bem mas na formação parece ter sido uma época positiva…

Ao contrário do futebol sénior, na formação os objectivos foram alcançados e podemos afirmar categoricamente que a época foi positiva porque mantivemos os três escalões de futebol 11, iniciados, juvenis e juniores na 1.ª Divisão Distrital. Apesar das dificuldades que deparamos com a falta de jogadores na equipa de juniores, o excelente trabalho de gestão do nosso Departamento de Futebol de Formação, conseguiram com atletas juvenis responder às lacunas da equipa Júnior e com mais ou menos dificuldade conseguimos atingir o objectivo, a manutenção. Nada a dizer, a formação está de parabéns, cumpriu a sua missão.

 


Já se pode saber alguma coisa sobre aquilo que está a ser perspectivado para a próxima época?

Relativamente à próxima época, já está a ser preparada com alterações na estrutura do futebol sénior e de formação, com novidades e novas ideias de gestão que estão a ser delineadas. Pretende-se um plantel sénior com jogadores oriundos da nossa região apostando em anteriores jogadores que foram da formação do União, e que agora regressam após terem concluído os estudos. Os objectivos serão sempre os melhores resultados possíveis. Na formação será formar jovens atletas nas duas vertentes, a desportiva e a humanista, manter os escalões do futebol 11 na 1.ª Divisão, e nos seniores tudo depende das decisões que estão para sair. Se formos para a 2.ª divisão, o objectivo será a subida.


 

No próximo mês de Julho vai haver eleições. Está a pensar recandidatar-se?

Como tudo na vida, existe um princípio e um fim, ela é feita de ciclos e o futebol não foge à regra. Há que dar lugar a novas ideias, a pessoas com mais disponibilidade e dedicação ao clube, que tenham novos projectos, uma nova frescura ao clube. Como presidente o meu momento chegou ao fim. Desde 2012 que sou dirigente do clube, e neste momento o desgaste e a minha actividade profissional não me permite exercer as funções com a dedicação exigente de que o clube precisa. Estarei presente e darei o meu contributo ao clube em outras funções, se a lista em que faço parte for eleita. Assumi a presidência do clube em 2018, numa altura conturbada e de indefinição directiva, com o objectivo do clube continuar com a sua actividade desportiva e evitando nessa altura uma situação de crise e de indefinição. É o momento certo de outros assumirem o leme deste clube histórico, que tem as suas contas equilibradas e a parte desportiva preparada e encaminhada para a próxima época desportiva. 

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