RETOMA DESPORTIVA»» Testes obrigatórios para a formação levantam preocupação - JORNAL DE DESPORTO

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sexta-feira, 2 de abril de 2021

RETOMA DESPORTIVA»» Testes obrigatórios para a formação levantam preocupação

 

 

Os exames são da responsabilidade dos clubes ou federações…

 

DGS PEDE DESPISTE À COVID-19 ANTES DO REGRESSO ÀS ACTIVIDADES DESPORTIVAS DA FORMAÇÃO

 

 

AF Lisboa critica regras da DGS e Porto espera para ver

 

 


A Direcção-Geral de Saúde (DGS) publicou as linhas orientadoras para a retoma do desporto de formação, sendo que as modalidades de médio risco, como o futebol, andebol, basquetebol, futsal, voleibol e hóquei em patins, estão obrigadas a fazer testes à covid-19 a todos os elementos dos plantéis antes do regresso aos treinos, sendo ainda “fortemente aconselhadas” a proceder a exames aleatórios a 50% dos atletas e treinadores antes dos jogos. Numa fase em que muitos clubes atravessam crises financeiras, o retorno das provas é aplaudido, mas o custo dos exames poderá deixar muitos emblemas com a corda ainda mais apertada na garganta.

 

Depois de mais de um ano de paragem, a formação começa a desconfinar na segunda-feira, com as modalidades individuais (excepto as de contacto) a terem luz verde sem necessidade de testes, sendo que a 19 de Abril voltam os desportos colectivos.


 

Segundo a actualização da orientação 036/2020 da DGS, emitida anteontem à noite, “para a retoma das actividades desportivas é obrigatória a apresentação de um resultado negativo num teste laboratorial para a SARS-CoV-2, realizado (...) até 72 horas antes do inicio das actividades, por parte de todos os praticantes de escalões de formação de modalidades desportivas de médio e alto risco”. Os exames podem ser antigénio (TRAg) ou PCR, com a decisão a caber, neste caso, aos clubes e/ou federações.

 

No caso de um teste TRAg positivo, o atleta em causa terá de ser sujeito, depois, a um exame PCR – com resultados mais fiáveis –, com as recomendações da DGS a terem em conta, também, a taxa de prevalência do número de infectados por região.

 

Os testes pré-retoma são obrigatórios em todos os escalões de formação, enquanto no desporto sénior não equiparado a profissional são apenas “fortemente recomendados”, assim como antes de cada jogo.


 

DGS ACEITA “MEIO-TERMO”

 


Nos concelhos de menor risco epidemiológico (menos de 120 casos por cada 100 mil habitantes), a autoridade de saúde aconselha, ainda, a que sejam efectuados testes aleatórios a 50% dos atletas e dos treinadores antes de cada jogo, sendo que nas zonas de risco máximo essa recomendação passa a abranger todos os jogadores e técnicos.

 

A DGS queria que estes testes antes das partidas fossem obrigatórios, mas foi sensível à frágil situação financeira da maioria dos clubes, que não teriam condições para suportar um encargo de 250 a 500 euros por semana, por cada equipa, em testes à covid-19.

 

 


REUNIÃO EM AGENDA

 

A Federação Portuguesa de Futebol vai reunir-se, na próxima terça-feira, com todas as associações do país para analisar o plano de retoma da DGS e tomar decisões quanto a eventuais novos apoios para suportar o custo dos testes.

 

 

 

AF LISBOA CRITICA REGRAS DA DGS E PORTO ESPERA PARA VER

 

As normas da Direcção-Geral de Saúde (DGS) para a retoma da formação e do desporto não equiparado ao profissional deixaram muitas dúvidas a vários agentes desportivos, com a Associação de Futebol de Lisboa a tecer duras críticas às exigências da DGS, considerando as mesmas “incomportáveis”.

 

A AF Porto, a maior associação distrital do país, só tomará uma posição oficial e pública no início da próxima semana.

 


Poucas horas depois de serem conhecidas as regras para o regresso da formação, a AF Lisboa reagiu em comunicado, Lamentando que, ao invés do “abrandamento” ou do “levantamento total dos condicionalismos existentes”, a DGS imponha “uma série de exigências incomportáveis face às atuais condições financeiras dos clubes”, referindo-se à obrigatoriedade da realização de testes a todos os elementos de uma qualquer equipa antes do regresso aos treinos.




O presidente da AF Porto, José Manuel Neves, admitiu que o documento da DGS gera algumas dúvidas e que, por isso, o remeteu para o departamento jurídico, adiantando que a Associação tomará uma posição pública na próxima terça-feira.

 

Já o secretário de Estado da Juventude e do Desporto aplaudiu o retorno. “O momento é de muita satisfação, porque estamos a poucos dias de ver os nossos jovens voltarem aos treinos e à competição. Esperamos, claro, que tudo corra pelo melhor e que este plano de desconfinamento continue sem mais restrições. É um bom sinal. Esta é uma muito boa notícia para os atletas, e respectivas famílias”, partilhou João Paulo Rebelo.

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