PORTUGUESES LÁ POR FORA… Carlos Serra brilha no México - JORNAL DE DESPORTO

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quinta-feira, 20 de março de 2014

PORTUGUESES LÁ POR FORA… Carlos Serra brilha no México

Ficou em segundo lugar no seu escalão

Nadador seixalense regressou à competição de águas abertas quatro anos depois

O seixalense Carlos Serra que se encontra desde há algum tempo radicado no México voltou à competição depois de uma ausência de quatro anos. A sua satisfação é enorme ao ponto de dizer que o passado domingo foi para si um dia muito feliz em termos desportivos.

“As cãibras que me deram no Guadiana há 4 anos atrás fizeram com que apanhasse medo e ficasse com muito receio que me voltassem a dar. Uma coisa é dar na cama, como acontece a muita gente, outra coisa, horrível mesmo, é dar no meio do mar. O que aconteceu marcou-me muito pela negativa e durante aquele tempo fiquei sem coragem de voltar a fazer o que mais gosto, praticar a modalidade na vertente de Águas Abertas”, começou por contar Carlos Serra.

De novo no México, desde 19 de Janeiro, Carlos Serra resolveu aderir a uma equipa de natação com treinador, coisa que nunca tinha tido na sua vida de nadador. Os treinos têm lugar num bonito e completo complexo aquático composto por duas piscinas de 50 metros e um tanque de saltos, com 25 metros de largo. Os primeiros dias de treinos, foram muito penosos porque a distância dos treinos aumentou substancialmente, dos 2500 habituais para os 4000 metros, ou mais. “A princípio, foi muito duro. Depois, o tempo foi passando e a adaptação ao novo ritmo e à duração de treinos acabou por normalizar”.

No México, as provas de Águas Abertas normalmente nunca têm menos de 3000 metros enquanto em Portugal na sua maioria rondam os 1500 e algumas não vão além dos 1200m. Daí a necessidade de se treinar maiores distâncias e os treinos terem outra duração e intensidade.

Visto a minha adaptação se verificar de uma maneira positiva convidaram-me para fazer uma prova de natação numa lagoa de uma linda localidade, numa zona montanhosa e vulcânica, a 1000 metros de altitude em relação ao nível do mar a cerca de 200 Kms de Guadalajara, cidade onde me encontro. Pensei imenso antes de tomar a decisão devido ao que me havia acontecido no Algarve, mas acabei por aceitar, refere o nadador que é também uma figura de proa do Clube de Campismo Luz e Vida.

A prova foi disputada na distância de 3000 metros, numa lagoa de agua doce, que torna mais difícil o deslize, e nela participaram mais de 400 atletas, distribuídos por diversos escalões.

O medo e o receio das cãibras acompanharam-me toda a prova e só quando estava a 200 metros do final é que me senti seguro e puxei um pouco mais. O principal objectivo, que era terminar a prova, estava conseguido mas quando verifiquei que tinha ficado em segundo lugar do meu escalão [dos 55 aos 59 anos], com o tempo de 51 minutos e 40 segundos, a alegria ainda foi maior. Foi um dia muito feliz para mim. Sei que ainda vou ter muitos medos mas a participação nesta prova ajudou-me e deu-me muita coragem para a próxima que se disputa no dia 17 de Maio, no Mar de Puerta Vallarta, a 300 Kms daqui, numa distância de 3800 metros”, conta Carlos Serra que quando foi receber a medalha em vez de levar a camisola do clube que representa [depois de devidamente autorizado] levou uma camisola com o brasão do município do Seixal, ou não fosse ele um seixalense de gema.

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