O Barreirense foi a primeira equipa a marcar…
PALMELENSE PASSOU DO 8 AO 80 EM APENAS UMA SEMANA
O futebol tem destas coisas e por isso é que muitos o consideram como o melhor desporto do mundo. De facto, quem diria que uma semana depois de ter perdido por 8-0 na Baixa da Banheira, o Palmelense pudesse bater o pé e vencer o Barreirense.
Certamente muito poucos estariam à espera que isto pudesse acontecer mas foi exactamente o que se passou e nem o facto do jogo se realizar no pelado serve de atenuante para os jogadores do Barreirense que estavam avisados nesse sentido. E, pior ainda, quando foi a própria equipa do Barreiro a primeira a marcar nesta partida.
No cômputo geral o Barreirense foi superior em todos os aspectos mas os palmelenses tiveram o mérito de saber sofrer demonstrando um espírito de sacrifício enorme que acabou por ser compensado com a obtenção do golo da vitória marcado numa altura em que o adversário ficou sem espaço de manobra.
Na primeira parte houve algum equilíbrio e as oportunidades que foram poucas repartidas. O Barreirense começou por atirar uma bola à barra por intermédio de Ruben Guerreiro e aos 22 minutos colocou-se em vantagem com um golo marcado por Bailão, de penalti mas pouco depois (31’) Vítor Hugo, com um pontapé fantástico desferido do meio da rua, coloca o marcador igualado a uma bola.
Na segunda parte o domínio da equipa do Barreiro foi muito mais acentuado e foram várias as oportunidades criadas só que a boa organização defensiva da equipa de Palmela foi anulando as intenções do adversário que acabou por consentir o golo que ditaria a sua derrota precisamente aos 89 minutos. Já em período de compensação Crisanto teve também uma boa ocasião para fazer o golo da igualdade mas acabou por não desperdiçá-la atirando de cabeça por cima da barra quando estava já em plena pequena área.
Na próxima jornada o Barreirense recebe o Sesimbra e o Palmelense desloca-se a Alcochete.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
EDU MACHADO, treinador do Palmelense:
“Ganhou a equipa mais humilde e aquela que teve mais vontade de vencer”
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Sabíamos que íamos apanhar uma das equipas mais fortes do campeonato, muito poderosa, com muitas condições financeiras e de trabalho para constituir um grande plantel e que sabíamos também que algo tinha que mudar para alterar a nossa imagem e o rumo do campeonato. A mudança aconteceu, tivemos uma primeira parte taco a taco com o Barreirense, onde se aceita o empate com ocasiões de golo para ambos os lados e com um penalti bem sacado pelo jogador adversário e um grande golo do Vítor Hugo, que no meu entender fez justiça no marcador. Na segunda parte foi diferente, sabíamos que o Barreirense ia carregar e entrar forte e foi ai que existiu a nossa "mudança" tivemos humildade para admitir o poderio do adversário e soubemos sofrer muito organizados defensivamente. Sabíamos também que o jogo ia partir e tirámos proveito desse aspecto para, num contra-ataque muito bem desenhado, darmos a estucada final com mais um excelente golo, desta vez marcado por Alex. Creio que no futebol não há justiça. Como já disse quando perdi, volto a dizer que ganhou a equipa mais humilde e com mais vontade de vencer e que muito trabalhou e sofreu para conquistar os preciosos três pontos. Queria desde já dedicar esta grande vitória à nossa comissão de gestão que tudo tem feito por este clube, assim como aos adeptos e amigos do Palmelense que têm sido incansáveis e mostrado o seu amor e apoio, mesmo depois de resultados horríveis. Os meus parabéns vão para os jogadores, a vitória é deles para que percebam que fracos são aqueles que desistem e que não têm humildade para perceber que dentro do campo somos todos iguais”.
PEDRO DUARTE, treinador do Barreirense:
“Nem sempre ganha quem merece ganhar ou quem joga melhor”
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“A derrota não estava, nem de perto nem de longe, nos nossos pensamentos. Sabíamos que íamos ter um jogo difícil devido ao campo do palmelense ser pelado e estávamos na expectativa de saber como se iriam adaptar os jogadores e sabíamos também que, se não desse para jogar, teríamos que vestir o fato-macaco e jogar o mais simples possível. Na primeira parte fomos muito superiores ao Palmelense, a criar boas ocasiões de golo e a dominar por completo o jogo. O Palmelense fez dois remates na primeira parte; no primeiro o Kevin defendeu e no segundo fizeram um grande golo, de fora da área. Nós fizemos golo de grande penalidade indiscutível, ainda atirámos uma bola ao ferro e exercemos grande pressão à defesa contrária que se limitava a chutar a bola para onde estava virada. Na segunda parte o jogo só teve um sentido, tivemos sempre o jogo mais que controlado e sempre a pressionar o adversário que se limitava a mandar a bola para fora e a fazer antijogo, a cada cinco minutos estava um jogador no chão a pedir assistência e as bolas de jogo à medida que o tempo passava iam desaparecendo. Fizeram um remate à nossa baliza na segunda parte e fizeram o golo, o futebol é isto mesmo. Por vezes não ganha quem merece ganhar ou quem joga melhor. Foi um resultado com o qual não estávamos a contar mas muito, muito injusto. O futebol é isto. Vamos levantar a cabeça e pensar já no próximo jogo. Parabéns aos meus jogadores que tentaram tudo para saírem vitoriosos deste jogo e parabéns ao Palmelense pela vitória”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo Cornélio Palma, em Palmela
ÁRBITRO: Fábio Varanda (Núcleo do Barreiro)
PALMELENSE: Gustavo; Pedrinho, Paulo Sousa, Teixeira, Marco (Ruben, 25’); Tony, Celkio; Alex; Vítor Hugo (Eddie, 55’), Grampola e Gaspar (Cortez, 75’)
TREINADOR: Edu Machado
BARREIRENSE: Kevin; Carlos André, Fragoso, Bruno Costa, Miguel Gomes; Crisanto, João Nuno (Bruno Cruz, 73’), Maside (Canina, 80’); Fabrício (Danilo, 62’), Ruben Guerreiro e Bailão.
TREINADOR: Pedro Duarte
Ao intervalo:1-1
Marcador: 0-1, Bailão (22’) gp; 1-1, Vítor Hugo (31’); 2-1, Alex (89’)
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