AMORA - António Duro termina funções de director desportivo - JORNAL DE DESPORTO

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terça-feira, 12 de março de 2013

AMORA - António Duro termina funções de director desportivo

Abandonou o cargo no passado domingo



Em comunicado emitido para a nossa redacção, António Duro informa que deixou de exercer as funções de director desportivo da equipa sénior do Amora Futebol Clube por entender não haver condições para continuar, devido a algumas situações ocorridas ao longo do campeonato.


A decisão que já vinha sendo ponderada há algum tempo foi tomada no passado domingo, após a realização do jogo relativo à última jornada da primeira fase do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, com o Cartaxo.


No seu comunicado, António Duro aborda questões como o planeamento e o início muito complicado da época desportiva, o protocolo com a CM Seixal para a utilização do Complexo Carla Sacramento, os problemas com a relva do Estádio da Medideira, a redução de custos com a equipa sénior, e fala de um boicote muito grande por parte de alguns adeptos e /ou sócios do clube por questões internas da vida do clube e razões eleitorais.



COMUNICADO

Terminou a colaboração com o Amora Futebol Clube 

 Pelo presente venho informar que deixei de colaborar com a equipa sénior do Amora Futebol Clube, a partir de domingo passado, após o último jogo do Campeonato Nacional da 3ª divisão, que o Amora F C realizou frente ao Cartaxo. Entendi, que não se encontravam reunidas as condições, para continuar a desenvolver a colaboração, para a qual fui convidado, no início da época, pelo Presidente do Amora. Tive consciência que aquilo que me era pedido para 2012/2013, que iria ser uma tarefa complicada, dadas as circunstância em que o clube se encontrava e, preparar a participação na 1ª Divisão o Campeonato Distrital da AFS, para a qual existia a possibilidade de ser convidado a participar no Campeonato Nacional, o que seria necessário preparar toda a logística.

 “Início de época complicado” 

 No início da época, não existia campo para treinar, equipamentos para treino, o relvado em má condição e, dado o avançado tempo em que ficou definido a participação nos nacionais a dificuldade de fazer o plantel, dado a maioria dos jogadores já estarem comprometidos com outros clubes. Foi de facto um inicio de época complicado que, aos poucos, foram sendo resolvidos, com a ida da equipa para o Complexo Carla Sacramento para realizar os treinos, através de um Protocolo com a CM Seixal, que não sendo a situação ideal seria a menos má (embora se complicasse nos meses de Dezembro e Janeiro, que ficamos impedidos de lá treinar por motivos de ordem técnica com o relvado, tendo de arranjar outras soluções para treinar), foi solucionado o problema de equipamentos de treino, embora não sendo as ideais. A realização dos jogos tiveram de ser feitos no campo da Medideira, que sofreu um problema com a “relva”, que ainda hoje não sei o que foi, mas 90% daquilo que parecia relva, ficou completamente seca, pois o que existia não era relva, mas sim uma espécie de erva, chamada “galracho”, que aos poucos, e sem meios disponíveis, foi sendo recuperada e hoje o campo está com relva recuperada, necessitando de uma continuação da sua manutenção. Não existia máquina de cortar relva, aliás já na época anterior o relvado era cortado com uma máquina de jardim, pois a máquina estava parada, porque precisava de ser reparada, situação que foi resolvida e neste momento encontra-se em funcionamento. Relativamente ao plantel sénior, foi com alguma dificuldade sendo construído, com base naquilo que era necessário, tendo sofrido várias alterações, em parte devido a mudança de treinadores, outras por indisponibilidades de jogadores para continuarem, de facto, reconheço que foi uma situação muito atípica, mas que quem andam no futebol, tem de estar preparado. Tendo estabilizado mais na segunda metade do campeonato. Tentando dar á equipa as condições necessárias (mesmos que não sendo as ideais), para poderem realizar o melhor campeonato. 

“Tentei proteger a equipa de situações externas
 mas fui mal-entendido” 

 Quanto aos custos com o futebol sénior, e segundo o que me foi dado a conhecer esta época foram substancialmente mais baixos, que por exemplo. na época anterior, nomeadamente, com o relacionamento com o policiamento dos jogos que baixou para metade, relativamente à época anterior, mantendo-se neste momento, com o mínimo exigido por lei. Ao contrário do que vinha acontecendo com as arbitragens, a nossa atitude deixada foi sempre de muito “Fair Play”, apagando a má imagem que o clube vinha tendo junto daqueles, independentemente de algumas delas nos serem penalizadoras. No que respeita ao plantel, encontra-se, praticamente neste momento em dia com os apoios e subsídios com jogadores, o que comparativamente com a grande maioria dos clubes é uma excelente situação. No entanto, foi para mim muito desgastante tudo isto, e ocupou muito tempo na resolução destas situações, prejudicando o meu desempenho, naquilo que poderia fazer, em prol da equipa, que ficaram a 60% daquilo que queria realizar, sem que com isto a equipa ficasse prejudicada, mas que podia ser uma mais-valia. Durante todo este tempo, tentei proteger a equipa de situações externas, que em nada tinham a ver com o futebol e que, por vezes, fui mal-entendido, mas sempre em defesa da estabilidade do grupo, pois a minha “missão” era a equipa de futebol e não as questões internas do clube.

 “Boicote de alguns adeptos por razões eleitorais” 

 A equipa sofreu desde o início da época, um boicote muito grande por parte de alguns adeptos e /ou sócios do clube que em nada veio a ajudar, tudo por questões internas da vida do clube, e, segundo se percebeu por razões eleitorais. Nada me move nem contra nem a favor de quem deseja ou pretende concorrer às eleições, cada um é livre de fazer aquilo que acha melhor, desde que com isso não venha prejudicar o trabalho da equipa naquilo que era os objectivos que seria a melhor classificação possível. Esta instabilidade que foi sendo tentada para dentro da equipa e que, provavelmente por boa-fé, foram saindo de dentro, tendo sido aproveitadas para criar instabilidade, foi muito prejudicial aos objectivos da equipa, nomeadamente nos últimos meses. Quero deixar bem claro, que nada me move contra ninguém, mas isso foi bem patente. Por tudo isto, entendo que não existia condições para continuar, a fazer aquilo que era necessário e que podia ser útil para a equipa. Aproveitando a paragem do campeonato para a 2ª fase da prova, seria a altura ideal para que as situações pudessem ser preparadas para esta fase. Desejo a todos os elementos que fazem parte da equipa (jogadores, treinadores, massagistas e todos os elementos que trabalham directamente com a equipa), as maiores felicidades e votos de muitos sucessos e decerto nos iremos ver mais vezes por esses campos de futebol.

Amora, 11 de Março de 2013

António Duro

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